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Albuquerque destaca vantagens das Selvagens para a investigação ao nível dos ecossistemas marinhos

O presidente do Governo Regional destacou hoje as potencialidades dos centros de investigação localizados na Madeira, que considera ser de excelência. Miguel Albuquerque colocou ainda a tónica nas Ilhas Selvagens, a maior reserva integral do Atlântico Norte, como estando ao dispor da investigação e da Ciência, desde que para fins de melhoria ambiental. 10-01-2023 Presidência
Albuquerque destaca vantagens das Selvagens para a investigação ao nível dos ecossistemas marinhos

O governante falava hoje, durante a sessão de abertura da reunião do projeto “CLIMAREST - Ferramentas de Resiliência Climática Costeira e Restauração Marinha para a bacia do Atlântico Ártico”, um projeto com mais de 8 milhões de euros previstos, que arrancou a 1 de dezembro e tem a primeira reunião do consórcio a 10 e 11 de janeiro, no hotel Meliã, na Madeira.

O governante, primeiro aos presentes na sala, depois aos jornalistas, começou por lembrar que a ARDITI e a Universidade da Madeira são centros de investigação de excelência. Para depois salientar que uma das áreas à qual a ARDITI e os seus investigadores se têm dedicado é a dos ecossistemas marinhos.

«Isso permite à Madeira se posicionar como um centro de investigação, em parceria com outras instituições e centros de pesquisa importantíssimos em todo o mundo, como acontece com estes projetos, que são financiados em parceria, para se proceder a um conjunto de investigações. Neste caso concreto, relativamente à regeneração da costa», explicou.

Para além desta mensagem, Miguel Albuquerque colocou o foco no facto de a Região Autónoma da Madeira ser, neste momento, detentora da maior reserva integral do Atlântico Norte, que é a das Selvagens, com 2.677 quilómetros quadrados.

E, paralelamente, aproveitou para transmitir aos investigadores e às equipas que esta área de reserva natural está ao serviço da investigação e da Ciência em todo o mundo, no sentido de ser facultado um estudo sobre regeneração das espécies, os efeitos das alterações climáticas, os efeitos dos plásticos no Oceano, os efeitos da acidez no Oceano e a forma como se pode regenerar, nesta área protegida, as espécimes marinhas…

Ou seja, «todo um conjunto de estudos que podem ser feitos em parceria com as nossas instituições, numa área protegida que é a maior do Atlântico Norte e que, ao longo dos próximos anos e das próximas décadas, vai permitir uma investigação muito importante para o futuro da Humanidade e do bem-estar humano».

Financiado ao abrigo do programa HORIZON-EUROPE, o projeto CLIMAREST pretende apresentar uma metodologia holística e uniformizada que seja suficientemente flexível para apresentar soluções aplicáveis a diversos habitats em perigo: desde fiordes ameaçados pelas alterações climáticas no Ártico até fundos rochosos com algas no arquipélago da Madeira, ameaçados pelo desenvolvimento costeiro, poluição e pelo crescimento descontrolado de populações de ouriços marinhos.

A Agência Regional para o Desenvolvimento da Investigação, Tecnologia e Inovação (ARDITI) gere, neste projeto CLIMAREST, dez por cento do orçamento total.

Os cerca de 800 mil euros permitem à equipa do MARE-Madeira trabalhar no desenvolvimento de soluções de restauração de habitats costeiros, bem como tirar partido de novas ferramentas digitais, como as aplicações móveis e a realidade virtual para avaliar a perceção da sua importância pela sociedade em geral.


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