O trabalho cinematográfico procura retratar, com finalidades marcadamente pedagógicas, as vivências e os costumes das gentes da ilha da Madeira nos anos 30 e 50 do século passado, com especial destaque para «O Feiticeiro da Calheta”, uma figura ilustre, um poeta analfabeto acarinhado e muito reconhecido pelo povo da Calheta. Um homem notável, distinto, que moveu massas, animou arraiais e que relata, de uma forma sublime, os acontecimentos importantes da época ao nível local, regional e internacional.
Trata-se de uma obra de cariz vincadamente fictício, embora nela sejam narrados alguns factos próximos de uma realidade vivenciada por João Gomes de Sousa, o feiticeiro da Calheta: um poeta distinto e autor da génese da letra do Bailinho da Madeira.
O regime da colonia que marcou profundamente a história da Madeira, alicerçado numa relação injusta e desequilibrada entre senhorios e colonos, a intriga social, as profissões da época, as raízes culturais de um povo, os grupos folclóricos, são algumas das temáticas apresentadas neste filme, que conta com a participação especial de Alberto João Jardim, Irineu Barreto, Nini Andrade Silva e João Carlos Abreu.
A vida sofrida das gentes da época, mascarada por uma teia de afetos entre os intervenientes, com destaque para as relações entre pais e filhos, constitui o suporte base do guião que dá corpo a esta homenagem que é feita ao povo desta terra.
O Feiticeiro da Calheta foi produzido e realizado por Luís Miguel Jardim.
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