O presidente do Governo Regional falava na cerimónia comemorativa do Dia Mundial do Serviço Social, em que foram homenageadas três assistentes sociais com mais de 25 anos de serviço: Margarida Gil, Susana Farinha e Maria Cornélia Marques. Onde fez questão de agradecer «o trabalho fantástico que têm exercido ao longo destes anos, de que são exemplo as homenageadas».
Lembrando que uma das suas filhas acaba de terminar o curso de Assistente Social, estando a estagiar em Lisboa, recordou que desde pequena que ela tinha a vocação para a área social. Algo que afirma constatar nas profissionais da área, ou seja, «para além da especialização, da competência e da formação técnica, têm de ter vocação para o exercício da profissão».
Porque, segundo o governante, aquela «é uma profissão e uma atividade que não é para qualquer pessoa». «É sobretudo para aqueles que têm uma propensão natural para atuar junto das pessoas mais vulneráveis. E isso também implica uma segunda componente na vossa profissão, que é muito importante e que é a humanização», complementou.
Para o líder madeirense, «não basta, muitas vezes, o apoio técnico, o apoio químico, o apoio especializado». «É essencial a humanização, a forma como interagimos com os outros e que a
pessoa que esteja mais fragilizada sinta em vocês um apoio, um suporte, um alicerce para, psicologicamente e fisicamente, encontrarem as vias para a sua melhoria», enalteceu.
Desta forma, entende ser da mais elementar justiça que se continue «a apoiar e a valorizar as assistentes sociais na área da Saúde». «O trabalho que, por exemplo, que eu conheço e que têm feito nos cuidados paliativos, nos centros de saúde e no SESARAM, é muito, muito importante. E não é um trabalho para qualquer pessoa. É um trabalho que exige uma dádiva pessoal de cada uma de vós para com o seu semelhante», elogiou.
A propósito, recordou que «o aumento da longevidade obriga a um maior esforço do Estado Social e obriga a que todas as medidas a tomar sejam sustentadas». Porque quando «se tomam medidas não é só para o mês imediato ou para o ano seguinte, têm de ser, em termos orçamentais, sustentáveis nos anos seguintes, senão estávamos a cometer uma fraude e a enganar as pessoas».
Reafirmando que as assistentes sociais do SESARAM «podem continuar a contar com o Governo Regional», Miguel Albuquerque apelou às técnicas para que se prossiga com o trabalho em conjunto, «no sentido de garantir um SESARAM com serviços de prestação de cuidados de saúdes mais eficazes, mais humanos e mais solidários».