O presidente do Governo Regional, questionado pelos jornalistas, antes da sua intervenção, disse ainda que há só uma escola, na Madeira, a precisar de urgentes obras, que é a Ângelo Augusto da Silva, cujo concurso público está pronto e só não pôde ainda ser lançado devido a estarmos em Governo de gestão. Será, recorda, «um investimento superior a 6 ME». Para além deste investimento, haverá sempre obras de manutenção, uma vez que o parque escolar necessita sempre de reabilitação, designadamente as áreas desportivas.
Já no interior da escola, lembrou que «a educação tem uma força transformadora na nossa sociedade – talvez a força transformadora com mais repercussão na nossa vivência coletiva».
Recordou ainda aquela que era a nossa tragédia histórica – desfasamentos sociais acentuados, população com uma precária educação e índice de analfabetismo trágico até ao 25 de abril, com segregação no acesso a este direito fundamental em função do sítio onde se nascia ou da classe social – mas enalteceu que «tudo isso tem sido ultrapassado».
Para o governante, a Educação «é uma das principais conquistas do Estado moderno, nomeadamente o acesso à mesma e sobretudo a uma boa educação na escola pública».
Paralelamente, Miguel Albuquerque salientou que «os fatores de mobilidade social, de transformação, de melhoria da qualidade de vida e depois, com repercussão também no tecido económico e social do nosso País e da nossa Região têm sido extraordinários»
Segundo o governante, «é decisivo e importante que olhemos para os fatores de mobilidade social, de crescimento no acesso à educação e dos resultados que temos obtido – são resultados extraordinários».
«Aquilo que foi constatado nos testes PISA 2022 é que os alunos da Madeira, graças ao trabalho das escolas, dos professores e da comunidade escolar estão acima da média nacional em matemáticas, ciências e literatura. E estão acima da média da OCDE, aproximando-se daqueles que são os países com os melhores índices de educação», voltou a referenciar.
Estes resultados são, releva Miguel Albuquerque, «a prova provada do trabalho que temos feito e sobretudo daquilo que temos conseguido em termos de resultados escolares».
O presidente do Governo Regional evocou ainda os meandros que levaram à adoção tanto quanto possível de um modelo de Educação semelhante ao de Singapura (o melhor do mundo), recordando que daí surgiu «a possibilidade de termos na Madeira, nas 29 escolas públicas os centros de formação tecnológica».
«A única dúvida que tínhamos era se os professores iam conseguir se inserir na robótica, na conexão com os sensores e na impressão 4D e na IA. Mas, o que eu quero dizer é que eu fiquei estupefacto. Porque os professores tiveram uma enorme adesão – como tiveram em todas as atividades extracurriculares – à tecnologia e à formação tecnológica dos alunos que transformou de facto este programa num grande sucesso. Num sucesso que é da nossa sociedade», enalteceu.
O governante lembrou, a propósito, que «cada sala do futuro custa 30 e tal mil euros». «São 29. Portanto, foi cerca de um milhão de euros que nós investimos nas diversas escolas. Foi, talvez, o investimento mais barato e mais frutuoso para o futuro da educação e da Madeira que nós fizemos nestes últimos anos», asseverou.
Recordando que «é extraordinário o que se tem conseguido obter a partir daí», Miguel Albuquerque fez ainda questão de reiterar aos professores e aos funcionários daquela escola um agradecimento por todo o seu empenho, toda a sua dedicação».
A concluir, afirmou: «O vosso trabalho foi e continua a ser fundamental para termos uma sociedade livre, democrática, próspera, equitativa e coesa. A coesão social é feita através da grande força transformadora da educação».