Pesquisar

Miguel Albuquerque agradece a enfermeiros notáveis

O presidente do Governo Regional foi, neste final de manhã do dia 10 de maio, ao Hospital Dr. Nélio Mendonça, onde decorrem as comemorações do Dia Internacional de Enfermeiro, agradecer «profundamente» a todos aqueles profissionais o trabalho inestimável que tem sido feito no Sistema Público de Saúde da Região Autónoma da Madeira «e que muitas vezes não é entendido e não é compreendido pelos concidadãos». 10-05-2024 Presidência
Miguel Albuquerque agradece a enfermeiros notáveis

Mas, Miguel Albuquerque trazia também uma outra mensagem: a de garantir que conta com todos os enfermeiros no Sistema Regional de Saúde, que só com a colaboração de todos os profissionais na racionalização do funcionamento e da gestão da Saúde pública será possível continuar a assegurar que os melhores continuem a ficar ao serviço do SESARAM e que é preciso que se vá preparando a passagem para o novo Hospital.

O objetivo, assumiu, é continuar a oferecer aos concidadãos um sistema público de saúde de excelência, o tal que é por vezes criticado por alguns, muitas vezes os mesmos que depois dão conta, em mensagens, da forma excelente como foram tratados nos hospitais públicos e nos centros de saúde.

Dirigindo-se aos enfermeiros presentes na sala de conferências do Hospital Dr. Nélio Mendonça, o líder madeirense começou por enaltecer «o esforço, a dedicação, a assiduidade e a propensão para a dádiva que, todos os dias, os enfermeiros têm de exercer e de desenvolver no exercício da sua profissão».

«É uma profissão muito especial, que não é para qualquer pessoa. Implica afetividade, humanidade, emotividade, generosidade, doação de si mesmo. E sendo assim, é uma profissão que implica um grande desgaste emocional e físico», reforçou.

Depois, passou à segunda parte da sua intervenção, onde salientou que o grande desafio que se coloca ao Sistema Público de Saúde é ser pelo menos tão bom como o sector privado de Saúde. Um desafio que, acrescentou, não pode ser ignorado.

«Se queremos um estado igualitário, em que todos possam ter um bom acesso à Saúde, temos de assegurar que o Sistema Público de Saúde presta serviços pelo menos tão bons como os do sector privado. Senão, vamos ter um sistema privado, para os que têm posses, e um sistema residual, público, para aqueles que não têm possibilidade de pagar um seguro de saúde ou as despesas com a Saúde», alertou.

O governante lembrou os investimentos substanciais que vêm sendo realizados na área da Saúde e que vêm crescendo exponencialmente de ano para ano. Por exemplo, «o valor dos medicamentos pagos pelo IA Saúde e pelo SESARAM já vai ultrapassar, este ano, os 103 milhões de euros!». Mas, «o mesmo se pode colocar relativamente à realidade das aquisições de equipamentos técnicos de diagnóstico ou à intervenção cirúrgica».

A propósito, lembrou que «já estamos em processo de aquisição do robô cirúrgico de última geração». «E vocês sabem que este é um investimento decisivo para nós podermos acompanhar o sistema privado e darmos aos nossos concidadãos, e em igualdade de circunstâncias, uma boa prestação dos serviços públicos de Saúde», defendeu.

Outro desafio é o de, assumiu, conseguir-se «ter capacidade financeira para pagar aos nossos profissionais de Saúde, sejam enfermeiros, sejam médicos, sejam técnicos, sejam assistentes operacionais, no sentido de continuarmos a ter os melhores no Sistema Público».

Para que estes investimentos posam continuar e se possa manter os melhores no Sistema Público há que, assumiu, «racionalizar o sistema».

«Há coisas que não são admissíveis. Não podemos desperdiçar, por ano, por exemplo, 18 toneladas de medicamentos comparticipados, como fizemos no ano passado. Se queremos ter um Sistema de Saúde Público eficaz, que dê resposta ás necessidades da nossa população, nós temos de racionalizar o sistema e de ter a capacidade de compreender que temos de estar focados, em primeiro lugar, nos doentes, nos profissionais e naquilo que é essencial para podermos continuar a financiar esse mesmo sistema», perfilhou.

Sob pena de, avisa, ficarmos perante um sistema dual, o que considerou incompatível com um Estado civilizado, onde os cidadãos têm igualdade de direitos no acesso à educação e à Saúde. «Não podemos ter um sistema onde os ricos tenham acesso a um bom sistema de saúde e os pobres tenham acesso a um sistema residual e subsidiado. Essa não é a ideia que queremos para a Região», defendeu.

Assumindo que vê com satisfação que estamos no bom caminho e que essa racionalização está a ser feita, Miguel Albuquerque salientou que um outro desafio é o de contar com a

colaboração e empenho de todos os profissionais de Saúde, «no sentido de continuarmos a trabalhar juntos, de modo a garantirmos que o sistema público de Saúde continue a ser um sistema de saúde de excelência na prestação de cuidados de saúde aos nossos concidadãos».

A concluir, um outro alerta: «Vamos ter um Hospital Central e Universitário e é bom que as pessoas tenham uma noção do que se está a falar. Este novo hospital tem 171 mil metros quadrados de área de construção, de zona edificada. São três vezes mais do que o Hospital dos Marmeleiros e o Hospital Dr. Nélio Mendonça juntos. É decisivo, pois, nós termos uma organização espacial e funcional que permitam termos ganhos de escala. Ou seja, não podemos ir para essa unidade sem termos tudo assente em relação à forma como o novo Hospital vai funcionar.».


Anexos

Descritores

Este sítio utiliza cookies para facilitar a navegação e obter estatísticas de utilização. Poderá consultar a nossa Política de Privacidade aqui.