Miguel Albuquerque, falando precisamente na Casa de Saúde Câmara Pestana e no dia em que se assinalam 99 anos dessa presença, salientou o papel que as Irmãs Hospitaleiras vêm tendo em prol da nossa população mais vulnerável, sobretudo no quadro da Saúde Mental.
Na sua intervenção – onde começou por saudar o Bispo do Funchal, Dom Nuno Brás, as Irmãs e os funcionários da instituição –, o governante garantiu, da parte do Governo, «toda a disponibilidade para continuar a colaborar com a instituição e a valorizar o desenvolvimento científico e estrutural da Casa de Saúde Câmara Pestana».
O líder madeirense disse ainda da sua satisfação «por ter acompanhado parte substancial das obras de recuperação estrutural que foram feitas nesta unidade quando era presidente da Câmara do Funchal».
Miguel Albuquerque fez ainda questão de invocar o nome da Irmã Rosa, já falecida e antiga responsável na Região pela Congregação, salientando o papel muito importante que a mesma teve na concretização «destas difíceis e complexas obras».
«A irmã Rosa, ao longo da minha experiência de anos na CMF, foi das pessoas mais determinadas e mais corajosas, que eu encontrei. E a sua coragem era determinada pelo grande sentido de humanidade e de serviço e pela fé», enalteceu.
O governante defendeu ser muito importante constatar-se que «as instituições precisam, muitas vezes, de pessoas como a Irmã Rosa: uma instituição não é algo abstrato, é constituída por pessoas e ela teve aqui um papel decisivo na aprovação destas obras e em tudo o mais que foi necessário, como apoios, para conseguir concretizar esta Obra (a requalificação da Casa de Saúde Câmara Pestana».
Miguel Albuquerque agradeceu «às Irmãs Hospitaleiras e, em particular, à Igreja, porque têm tido um caminho muito importante na prestação de cuidados aos nossos concidadãos, aos mais vulneráveis, mantendo aquela linha que está bem definida na Bíblia e na doutrina, que é a de apoiar, sempre, os mais desprotegidos, os mais vulneráveis e garantir, através do ato humano, a humanização da pessoa».
«O que está no centro desta instituição é a pessoa humana, o personalismo cristão. É essa doutrina que continua a presidir, ao fim destes 100 anos, ao trabalho das nossas Irmãs Hospitaleiras no trabalho que fazem na Região Autónoma da Madeira», acrescentou.
A concluir, apelou para que se continue «a trabalhar para mais 100 anos de um trabalho notável em prol da nossa população, sobretudo a que muito precisa dos nossos cuidados».
Em 2023, houve mais de 1000 pessoas assistidas na Casa de Saúde Câmara Pestana, entre os quais 185 internamentos involuntários (compulsivos).
A capacidade da Casa de Saúde Câmara Pestana é de 376 camas na área da psiquiatria e saúde mental e de 22 camas ao nível da Rede de Cuidados Continuados Integrados Longa Duração. Tem 314 colaboradores.