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Nasceram mais dois lobos-marinhos nas Desertas

O projeto para a conservação do lobo-marinho e do seu habitat teve início em 1988, através do extinto Serviço do Parque Natural da Madeira, o que levou à criação da Área Protegida das Ilhas Desertas, em 1990, que, entretanto, passaram a Reserva Natural em 1995. 06-12-2018 Ambiente, Recursos Naturais e Alterações Climáticas
Nasceram mais dois lobos-marinhos nas Desertas A população de Lobos-marinhos na Reserva Natural das Selvagens aumentou no passado mês de novembro. Foi no dia 22, que os Vigilantes da Natureza alertaram para a existência de dois Lobos-marinhos fêmea, com crias, um na praia aberta que, geralmente, esta espécie utiliza na época de reprodução, e um outro, na entrada de uma gruta.

Desde o início do mês, que o Instituto de Florestas e Conservação da Natureza (IFCN) aguardava um sinal de lobos-marinhos na praia aberta, onde um ano antes a “Fêmea Y” tinha sido marcada com uma pulseira GPS e um dispositivo para medir a profundidade dos mergulhos. Um trabalho desenvolvido no âmbito do projeto LIFE Madeira Lobo-marinho, cuja missão seria a de recolher o dispositivo com toda a preciosa informação de deslocamentos desta fêmea. E foi o que aconteceu, a 27, assim que foi possível deslocar às Desertas uma equipa com experiência neste tipo de operação.

Sobre as crias, o IFCN sabe que uma é fêmea, filha da “Fêmea Y”, sendo a outra um macho, filho da “Parêntesis”. Embora não se tenham detetado mais jovens exemplares, a dinâmica de lobos-marinhos registada poderá indicar a existência de mais crias, pelo que o trabalho de monitorização do lobo-marinho realizado nas Ilhas Desertas poderá trazer mais novidades num futuro próximo.

A foca-monge do Mediterrâneo ou lobo-marinho, Monachus monachus, como é conhecida no arquipélago da Madeira, é a foca mais rara do mundo e uma espécie considerada em perigo pela União Internacional para a Conservação da natureza. Em Portugal, ocorre unicamente no arquipélago da Madeira, mais especificamente nas Ilhas Desertas e ilha da Madeira, senda a sua população estimada em 25-30 exemplares.

O projeto para a conservação do lobo-marinho e do seu habitat teve início em 1988, através do extinto Serviço do Parque Natural da Madeira, o que levou à criação da Área Protegida das Ilhas Desertas, em 1990, que, entretanto, passaram a Reserva Natural em 1995.

A proteção in loco, a monitorização e o estudo do Lobo-marinho, juntamente com a educação ambiental, têm sido as principais estratégias utilizadas para a sua salvaguarda.



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