A Secretaria Regional do Ambiente e Recursos Naturais vai lançar esta semana um concurso público internacional para a aquisição de duas viaturas pesadas todo-o-terreno, a operarem em espaço florestal sob a gestão do governo regional.
A Direção Regional de Florestas e Conservação da Natureza vai afetá-las à limpeza de matos e invasoras, associando a aplicação de medidas de silvicultura preventiva e combate a incêndios florestais, onde se destaca as ações de fogo controlado.
Estamos perante viaturas com características muito específicas e ao mesmo tempo versáteis, permitindo destreza e rentabilidade de trabalho em intervenções em áreas florestais.
As mesmas vêm equipadas com uma caixa de carga, uma grua hidráulica florestal, guincho frontal elétrico, motobomba autónoma e vários carreteis de mangueiras. Cada viatura terá ainda um chassis suplementar de suporte aos equipamentos, com fixação rápida à caixa de carga a fim de facilitar a colocação do tanque.
Atendendo a que a floresta desempenha um papel crucial na regulamentação hídrica e na proteção dos solos, particularmente relevante para a ilha da Madeira, que apresenta orografia irregular, relevo acidentado e proximidade das populações às áreas florestais, a Secretária Regional do Ambiente e Recursos Naturais entende que “proteger e prevenir deverão ser ações prioritárias no que diz respeito ao nosso património natural”.
Uma das formas de prevenir os incêndios florestais consiste na intervenção ao nível da composição e estrutura dos povoamentos, tornando-os menos suscetíveis à ocorrência de incêndios.
Nesse sentido, para Susana Prada, “estas viaturas, serão um precioso auxilio no aumento da eficácia da primeira intervenção ao combate de possíveis focos de incêndio, uma vez que estamos perante equipamentos versáteis e robustos que se adequam às necessidades correntes”.
A Secretária do Ambiente está apostada na prevenção aos incêndios florestais. Recorde-se que, recentemente, esteve no Paul da Serra, onde tomou conta dos trabalhos necessários à redução da carga de combustível no Perímetro Florestal do Paul da Serra, numa área equivalente a 150 hectares, como forma de controlo de espécies vegetais invasoras de elevado poder ígneo, com especial enfoque para a Giesta e Carqueja contribuindo, deste modo, para a redução do risco de ignição e propagação de possíveis focos de incêndios.