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Conhecimento é ferramenta de sucesso

Convicção manifestada por Jorge Carvalho no Fórum “Educação – Globalização: Ameaças e Desafios”. 07-07-2017 Educação, Ciência e Tecnologia
Conhecimento é ferramenta de sucesso O Secretário Regional de Educação, Jorge Carvalho, participou, quinta-feira (6 de julho), na sessão de encerramento do Fórum “Educação – Globalização: Ameaças e Desafios”, organizado pela EBS Bispo D. Manuel Ferreira Cabral, em parceria com a Associação Santana Cidade Solidária e com o apoio da Secretaria Regional de Educação.
 
Jorge Carvalho iniciou a sua intervenção com uma nota prévia, para considerar a Educação «uma das atividades mais nobres da humanidade» porque trata da transmissão do conhecimento geracional. «A Escola deve procurar, através do conhecimento, criar o mínimo cultural comum, para que o indivíduo possa, na lógica das suas capacidades, ter sucesso nesta sociedade competitiva e complexa. A única ferramenta capaz de centrar o indivíduo nessa sociedade é o conhecimento. Sem ele, dificilmente há sucesso», sublinhou, considerando que a Escola sempre enfrentou desafios.
 
«Sendo espaço de conhecimento, a escola assenta a sua atividade na dialética entre a função que lhe está cometida e as respostas que tem de dar às diferentes sociedades. Sempre foi assim e sempre há-de ser; a Escola tem de ter a capacidade de formar, no mais vasto espetro humano, o indivíduo para o sucesso. A Escola passou a ter grandes desafios a partir do momento em que deixou de ter muitos durante pouco tempo e, com a democratização do ensino, passou a ter muitos durante muito mais tempo. Hoje a Escola tem de responder a todos e não pode responder a todos da mesma maneira, mas procurar dar as respostas adequadas a cada um, para que cada um possa encontrar na Escola o seu projeto de vida.»
 
O titular da pasta da Educação recordou o ponto de partida do sistema de ensino regional para referir-se aos atuais desafios. «Há 43 anos, 60% da população na Região era analfabeta. Era um constrangimento enorme ao desenvolvimento da sociedade. Hoje as nossas preocupações são outras, são o abandono e as desistências, porque percebemos que é importante que os nossos alunos façam um percurso de sucesso neste sistema educativo para poderem ter sucesso na vida ativa. 52% dos indivíduos inscritos no Instituto do Emprego não possuem o 9.º ano de escolaridade! Neste Fórum falou-se de evolução tecnológica e de para onde caminha a sociedade, mas estes indivíduos não conseguem caminhar nesse sentido, porque faltam-lhes capacidades para interpretar essa sociedade e encontrar respostas às suas necessidades. Nós temos a responsabilidade de procurar que todos aqueles que neste momento são beneficiários do sistema, possam fazer esse percurso de sucesso, desejavelmente um sucesso à medida de cada um, para que não caiam nestas zonas cinzentas de onde é muito difícil sair. Esta aposta na qualificação e capacitação dos nossos cidadãos é um esforço tremendo da sociedade – na RAM é a SRE que tem a maior fatia do orçamento regional –, mas a ignorância custa muito mais caro porque um individuo não capacitado não consegue ter sucesso, nem lá fora nem cá dentro, e exige o nosso contributo, não só social como financeiro, para que tenha pelo menos uma qualidade mínima ao longo dos seus diferentes ciclos de vida», explicou Jorge Carvalho.
 
O Secretário Regional referiu-se à diminuição, nos últimos cinco anos, de 50% do número das retenções no 3.º ciclo, para concluir que os professores estão a desempenhar bem o seu papel. «É a escola competente que transforma as sociedades. Se a sociedade hoje é mais exigente, é porque a Escola cumpriu o seu papel. Se temos excelentes médicos, engenheiros e chefes de cozinha, se ficamos tranquilos quando deixamos o carro na oficina porque temos bons mecânicos, se somos bem atendidos nos serviços, então a Escola está a cumprir o seu papel. É porque temos bons professores. Quando nos comparamos com os outros, em primeira instância fazemo-lo no sistema educativo, e a verdade é que estamos em condições de nos compararmos com os melhores e em muitas circunstâncias temos competência instalada comparável com o nível dos bons sistemas educativos da Europa», assegurou o governante, encarando com otimismo os desafios que se perfilam à Escola.
 
«É sinal que teremos de nos mobilizar, de sair da zona de conforto, de promover adaptações, mas esses desafios devem ser encarados de forma positiva e numa perspetiva de melhoria. É esse o papel que a SRE procura assumir: ser facilitadora do processo de formação dos nossos jovens. Acreditamos que não existe um modelo único; existem realidades para as quais temos de encontrar as melhores soluções, sempre com foco nas populações estudantis. Cá estaremos para enquadrar as soluções que possam responder às necessidades, razão pela qual, tendo em vista o próximo ano letivo, demos a possibilidade às escolas de recrutarem 15% do seu quadro docente, facilitando o recrutamento de professores com o perfil adequado para os seus projetos», concretizou Jorge Carvalho.


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