Sublinhando que a Região está habituada a, com o Governo de Lisboa, pagar tudo, Miguel Albuquerque diz que as ilhas têm, ao nível da mobilidade aérea, marítima e digital, um problema de escala, reforçando que um dos objetivos prioritários do seu Governo tem sido procurar chegar aos mercados a preços competitivos.
Neste sentido, o presidente do Governo Regional, que falava à margem das comemorações dos 40 anos dos Portos da Madeira, que decorreram, no final de tarde desta segunda-feira, na gare marítima do Funchal, sublinha que «temos de continuar a trabalhar no sentido de termos formas de compensar os custos da ultraperiferia, ao nível da mobilidade aérea e da mobilidade marítima, mas também na digital».
Miguel Albuquerque diz que é preciso «continuar a investir e a fazer todo o possível para que as ilhas não sejam prejudicadas em termos de transporte».
«Se o Estado português fizesse aquilo que está na Constituição e assumisse, por exemplo, a postura do Estado espanhol relativamente às Canárias, o problema estava solucionado, uma vez que o Estado espanhol leva em linha de consideração a importância geopolítica das suas regiões autónomas, a importância da plataforma continental, e é por isso mesmo que subsidiai em 75% o transporte de pessoas e bens entre a Espanha continental e as Canárias, coisa que o Estado português não faz», disse ainda.