Eduardo Jesus referiu que “o grande desafio será retomar a confiança", pese embora tenha sublinhado que as medidas que o executivo madeirense tem desenvolvido ao longo dos meses contribuem para exista essa retoma de confiança dos viajantes.
Acentuou que o grande desafio tem a ver não tanto com as ligações aéreas, mas antes com o “load factor” dos aviões, pelo que considera importante recuperar a confiança. Neste sentido, deixou claro que tem sido feita a comunicação adequada e atempada com todos os operadores, dando conta, com grande antecedência, dos passos que serão dados na Região, onde um dos exemplos será o virar de página no dia 1 de julho, onde apenas será exigido um teste negativo à Covid-19 feito nas últimas 72 horas, ou, em seu lugar, fazê-lo, gratuitamente nos aeroportos da Madeira ou do Porto Santo na chegada, deixando de existir a quarentena.
Eduardo Jesus revelou a existência de muitas operações já a partir de julho e a preocupação que tem existido na Região não só na criação de condições para a reabertura, mas igualmente no cuidado com os residentes que tão bem tem sabido lidar com a pandemia e também com todos quantos trabalham no setor do turismo. “Temos de criar condições não só para quem chega como para quem cá está”, sublinhou o governante.
Na Conferência houve oportunidade ainda para o secretário regional de Turismo e Cultura acusar a o Governo da República de cortar as pontes de diálogo que a Madeira tem estado a tentar construir com a Europa. Considera que está a existir um desrespeito do Estado para com a Madeira e já sentiu a necessidade de ter de estabelecer contacto direto com Bruxelas para tentar transmitir a mensagem da Região.
O secretário regional entende, aliás, que a Madeira tem de ser distinguida do todo nacional para não ser prejudicada. “O facto de Portugal manter o Aeroporto de Lisboa e do Porto na lista negra dos aeroportos, condiciona bastante o país. E é visível que não tem havido o cuidado de distinguir os aeroportos regionais do todo nacional. E a Madeira e os Açores têm saído altamente prejudicados pelo facto de serem entendidos como território nacional nas informações que circulam no espaço europeu”.