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Madeira recebe em outubro de 2021 Conferência Europeia de Aquacultura

A Madeira vai acolher em outubro de 2021 a Conferência Europeia de Aquacultura. A organização prevê trazer ao Funchal cerca de 1 500 participantes entre investigadores, cientistas, industriais e operadores do setor 08-09-2020 Mar e Pescas
Madeira recebe em outubro de 2021 Conferência Europeia de Aquacultura

A propósito deste evento, o presidente do Governo Regional recebeu esta segunda-feira, na Quinta Vigia, elementos da organização, encontro em que marcaram presença o secretário regional de Mar e Pescas, Teófilo Cunha, e a diretora regional do Mar, Mafalda Freitas.

 

Miguel Albuquerque congratulou-se com a escolha da Madeira para a realização do “importante” encontro durante a receção que concedeu a um grupo de investigadores, cientistas, industriais e operadores, nacionais e regionais, da área da aquacultura, que integram a comissão organizadora do Encontro Europeu de Aquacultura, que reunirá na Madeira em 2021 e onde são esperados cerca de 1500 participantes.

 

A conferência tem realização e é da responsabilidade da Sociedade Europeia de Aquicultura (EAS) - “Aquaculture Europe 2021”. É o maior evento científico e técnico que acontece na Europa nesta área e, por norma, costuma juntar entre 1 500 a 1 600 delegados. A conferência de 2021 terá lugar Madeira, de 4 a 7 de outubro, e acontece da sequência da candidatura bem-sucedida apresentada no início de 2019, que juntou uma alargada plataforma de centros de investigação, universidades e empresas portuguesas e ainda contou com o apoio do Governo Regional (GR), através de carta do anterior secretário regional de Agricultura e Pescas.

 

No encontro com o presidente do Governo Regional participaram elementos da comissão organizadora, casos dos investigadores madeirenses Carlos Andrade, chefe de divisão de Aquicultura da Madeira (DRM), e Natacha Nogueira, diretora de serviços de Política do Mar (DRM). E ainda da Bélgica, Mário Stael  (European Aquaculture Society), do continente português, Elsa Cabrita  (CCMAR), Luís Conceição, da empresa SPAROS, Lda., Luísa Valente (CIIMAR, ICBAS-UP), Sofia Alexandra Dias Engrola (CCMAR), Pedro Pousão Ferreira (IPMA), Ricardo Calado (CESAM, Universidade de Aveiro), Tiago Aires (SORGAL) e Maria Teresa Dinis (CCMAR).

 

 

A Comissão Organizadora ficou incumbida de apresentar à diretora regional do Mar elementos que de forma sucinta traduzissem o impacte do evento para a Região e os apoios necessários à sua concretização.

 

O que é esperado

 

  • A conferência da EAS é um grande evento científico e técnico e está associada a um programa de lazer para os delegados, pelo que na escolha do local, entram não só a capacidade organizativa local, a existência de centros de investigação e de estabelecimentos de cultura comercial, bem como, a oferta local de diversões e de entretenimento aos delegados. O evento já começou a ser divulgado, não apenas no site da EAS, mas também em jornais e revistas de especialidade, e com o aproximar do evento será também alvo de divulgação dos outros media de carácter mais generalista. Portanto, é um evento que divulga a Madeira, como região promotora da investigação e da ciência, da indústria de produção de aquicultura, e ainda particularmente como região turística. 
  • O número de delegados à conferência varia, mas tem tido um crescimento constante, sempre acima dos 1000 delegados nos últimos 10 anos e culminou com cerca de 2000 na AE2019, em Berlim. O número de visitantes ao destino devido ao evento é contudo superior, pois muitos dos delegados vêm acompanhados de outras pessoas não ligadas ao evento e ficam mais alguns dias para além das datas de conferência. O impacte direto derramado na economia do destino da conferência é relevante, em resultado das despesas de viagem, estadia em hotel, alimentação, transportes locais, participação em eventos e entretenimento - estão programados programas de cruzeiro costeiro e divulgadas atividades de natureza pelas empresas da Região ligadas a mergulhos subaquático, observação de cetáceos, passeios em levadas, etc.
  • A feira industrial associada à conferência, terá a participação de cerca de 100 empresas do exterior ligadas à área. É uma grande oportunidade para as empresas regionais ligadas à produção de aquicultura e as empresas fornecedoras de bens e serviços destas na Região, tomarem o pulso das novas tecnologias e novos produtos que possam melhorar a produção e o negócio das suas empresas. Com o lema de conferência "Um mar de oportunidades" a EAS2021 posiciona-se para fomentar novos negócios 
  • Uma oportunidade de excelência para os investigadores e centros de ciência da Região contactarem e trocaram experiências com investigadores de topo de toda a Europa e de outras origens que estarão no evento. Oportunidade também para os estudantes. A investigação em aquicultura inclui áreas de ciência ligadas à biologia e fisiologia das espécies aquáticas, áreas de zootecnia, nutrição, ambiental, etc. e muitas outras das áreas tecnológicas, desde o software ao desenho e engenharia de equipamentos, etc. Portanto, o campo das ciências e tecnologias aquáticas e ligado à Economia Azul, tem oportunidade ideal para se mostrar, participar e progredir com o evento.
  • A promoção e organização de um evento desta dimensão exige envolvimento direto da Direção da EAS e de vários comités de organização que se reúnem regularmente para preparar a conferência, tratando de assuntos de programação e calendário de eventos, seleção de "chair" de sessões, toda a logística local ligada às estadias e programas sociais do evento, feira comercial, fóruns de estudantes, etc. Estaremos a informar os nossos parceiros institucionais destas reuniões. Estas reuniões poderão ser associadas a reuniões ou outros eventos que o GR como parceiro poderá entender propor. 

 

 

A aquacultura marinha na zona costeira da Madeira, com estruturas flutuantes, desenvolveu-se a partir de um projeto-piloto lançado em 1996, na Baía de Abra, no Caniçal. Desde então, empresas privadas têm apostado no desenvolvimento e incremento da produção de dourada em mar aberto. Cientistas e investigadores apontam a qualidade das águas da Região e a temperatura como elementos com “grande potencial” para aumentar a produção, dinamizar a economia do mar, assegurar o acesso das populações a alimento a preços acessíveis, preservar as espécies selvagens e o meio marinho, diversificar a economia numa Região com histórico de crises de subsistência e criar emprego qualificado.

 

 


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