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Secretário regional de Mar e Pescas lamenta a "falta de sensibilidade" da UE ao proibir a captura da "Gata"

Teófilo Cunha sublinha que o Governo Regional, a secretaria regional de Mar e Pescas e as direções regionais de Pescas e do Mar “tudo fizeram” para sensibilizar a União Europeia para a “inevitabilidade” da pesca do tubarão de profundidade, saindo em defesa dos pescadores do peixe-espada ao referir que “eles nada podem fazer”. 08-02-2021 Mar e Pescas
Secretário regional de Mar e Pescas lamenta a "falta de sensibilidade" da UE ao proibir a captura da "Gata"

A União Europeia proíbe por dois anos a pesca da "Gata" de Câmara de Lobos. O Secretário Regional de Mar e Pescas, Teófilo Cunha, fala em "insensibilidade" da União Europeia para uma realidade secular daquele concelho e sai em defesa dos pescadores, lembrando que a "Xara" é capturada de forma acidental quando os pescadores estão na faina do peixe-espada.

 

De acordo com o DN, a Comissão Europeia decidiu proibir, nos próximos dois anos, a captura, transporte e descarga da popular “Xara”, também conhecida por “bacalhau de Câmara de Lobos”. Trata-se de uma decisão que contraria as expetativas do Governo Regional da Madeira, com consequências diretas no rendimento da comunidade piscatória de Câmara de Lobos.

 

A proibição tem efeitos desde 1 de janeiro de 2021 e vigora até 2022. Conhecida a decisão do Conselho Europeu, depois do parecer negativo da Comissão Europeia, o secretário regional de Mar e Pescas lamenta que as instâncias europeias continuem “insensíveis” aos argumentos que a Região tem vindo a apresentar, não tenha em conta que se trata de uma “pescaria acessória, acidental e inevitável” e “não dirigida” porque acontece quando os pescadores estão na faina do peixe-espada.

 

Teófilo Cunha sublinha que o Governo Regional, a secretaria regional de Mar e Pescas e as direções regionais de Pescas e do Mar “tudo fizeram” para sensibilizar a União Europeia para a “inevitabilidade” da pesca do tubarão de profundidade, saindo em defesa dos pescadores do peixe-espada ao referir que “eles nada podem fazer”.

 

A pressão da Região em Bruxelas envolveu os eurodeputados pela Madeira, a Representação de Portugal na UE e a própria Direção-Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos (DGRM), que no parecer enviado para a Comissão partilhava das preocupações da Madeira e recomendou que fosse mantida a quota que vigorou em 2020.

 

O governante acentua que “a Região tudo fez junto da entidade nacional para que esta junto das entidades europeias mantivesse pelos menos as 6 toneladas atribuídas em 2020”, e aponta contradições na decisão da Comissão: “Estamos a falar de uma pescaria acidental que é realizada quando os pescadores estão à pesca do peixe espada. Esses tubarões chegam a bordo mortos, devido à profundidade que mordem o mesmo isco da espada ou até a própria espada. O que diz a decisão europeia é que os tubarões têm de ser devolvidos ao mar mortos, pois nem sequer é permitido ao pescador mantê-los a bordo ou descarregá-los em lota. Para além disso, ao contrário do que pretende a UE, a proibição vai impedir o estudo e conhecimento científico da espécie e, portanto, o seu estado de conservação nas nossas águas.”

 

 


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