A Organização Mundial da Saúde (OMS) define adolescência como sendo o período de vida entre os 10 e os 19 anos completos, distribuída em 3 fases: pré-adolescência, dos 10 aos 14 anos; adolescência dos 15 aos 19 anos e juventude ou jovens adultos dos 15 aos 24 anos (Direção Geral da Saúde, 1998).
A adolescência é um período de rápido desenvolvimento físico, emocional, cognitivo e social. Os comportamentos adotados durante este período de transição podem manter-se na idade adulta, afetando a sua saúde física e mental.
A pandemia gerada pela COVID-19 provocou inúmeras alterações no dia a dia dos jovens e, por consequência, o isolamento e o menor contacto com o exterior terá acarretado consequências para a sua saúde física e mental.
Segundo dos dados nacionais do estudo da Health Behaviour in School – Aged Children (HBSC) – Saúde dos Adolescentes Portugueses em Contexto de Pandemia - 2022, em relação ao padrão de sono, houve um aumento em relação a dormir pouco (68,6%), à dificuldade em adormecer (64,1%), dificuldade em acordar de manhã (62,8%), sono agitado (50%), ou seja, existem menos adolescentes a dormir bem (91,1%), em relação ao estudo anterior realizado em 2018. Este facto poderá dever-se não só às vivências da pandemia e o potencial aumento da ansiedade, do medo e/ou da irritação, como também ao aumento de horas passadas online e/ou em frente aos ecrãs.
De acordo com as orientações da Academia Americana de Pediatria (2015), os jovens entre os 13 e 18 anos não devem estar mais de 2 horas por dia a ver televisão ou a jogar no telemóvel/tablet, e devem no máximo jogar videojogos durante 30 minutos, o que não se verifica segundo o estudo anteriormente referido, pois 64,5% dos jovens indicam passar várias horas por dia ao telemóvel.
De forma a melhor a qualidade de vida dos jovens e prevenir a utilização excessiva dos ecrãs, a DRS sugere às famílias: