O governante aponta três fatores a ter em linha de conta na operação da TAP para o destino: as viagens de lazer, as dos estudantes e ainda as dos conterrâneos da diáspora.
Em relação ao primeiro, Eduardo Jesus recorda que o arquipélago “é um destino turístico secular, mundialmente conhecido pelas suas paisagens e património natural”.
Em acréscimo, é referido à presidente da TAP, com quem reuniu na Madeira em agosto último, que “a Madeira oferece também um calendário de eventos extremamente diversificado ao longo do ano, e que torna a experiência de quem nos visita ainda mais enriquecedora e autêntica, quer pelas nossas tradições, quer pela variedade cultural de que dispomos. Estes calendários festivos regionais têm vindo a ser, reiteradamente, motivo de aumento exponencial da procura por este arquipélago”.
Para o efeito, na carta constam os principais eventos da Madeira e do Porto Santo, com as respetivas datas, para os próximos dois anos. A intenção clara é relevar os momentos suscetíveis de maior procura pelas viagens para a Região de viajantes que vêm assistir aos diversos eventos, que decorrem ao longo de todo o ano.
No que se refere ao segundo fator, o Secretário Regional sublinha que, “em acréscimo, não podemos deixar de salientar aqueles que são outros motivos de aumento exponencial da procura: o afluxo de estudantes universitários que viajam entre esta Região, e o continente português, bem como entre a RAM e a Região Autónoma dos Açores”.
Neste âmbito, realça que os períodos de maior afluência “se centram em quatro épocas de férias, a saber: Natal e a passagem de Ano, Carnaval, Páscoa e Verão”.
Esclarece que, no início do período escolar universitário, “temos dois momentos distintos: por um lado, os alunos que estão a frequentar o segundo ou mais anos, e que regressam às universidades no início do mês de setembro, e, por outro lado, os alunos que irão pela primeira vez, sendo que aguardam a indicação de colocação universitária, o que apenas ocorre a meados do mês de setembro. Nessas alturas, para além dos alunos, também os familiares acompanham os estudantes, e, desta forma, tona-se premente haver oferta de lugares disponíveis que responda a este aumento significativo da procura”.
Finalmente, no que se refere aos passageiros madeirenses e descendentes que residem por esse mundo fora, é relevado por Eduardo Jesus o “significativo tráfego com origem na diáspora, particularmente proveniente do Reino Unido, França, Venezuela e África do Sul, e que viaja para a Madeira sobretudo nos meses de junho a agosto e ainda dezembro, retornando aos seus países de origem entre agosto e outubro, bem como janeiro. E ainda de destacar que muitos destes passageiros chegam à Madeira através do hub de Lisboa”.
Assim, o governante madeirense termina a carta manifestando que, “com o objetivo de podermos, conjuntamente, colaborar com a TAP Air Portugal e fazer corresponder a procura com a oferta de lugares, colocamo-nos à disposição para aprofundar este tema que nos preocupa”.