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Madeira soube atravessar a crise pandémica sem perder valor

O Secretário Regional de Turismo e Cultura, Eduardo Jesus, respondeu a perguntas do Diário de Notícias, a propósito dos números estatísticos de agosto do turismo na Região, um mês onde releva que traduziu “mais de 50 milhões de euros de rendimentos nos alojamentos turísticos”. 17-10-2021 Turismo e Cultura
Madeira soube atravessar a crise pandémica sem perder valor

Foi o melhor mês de agosto, em termos turísticos, na Madeira?

A Madeira atravessa, neste momento, uma fase em que o setor turístico evidencia uma recuperação bastante forte que permitiu que já no mês de agosto superássemos números de qualquer outro mês de agosto na história do turismo da Região. Já não estamos a falar de 2017 e 2019, - que foram os melhores anos de sempre -, mas estamos a falar de um mês de agosto de 2021 que é o melhor de sempre no que diz respeito ao rendimento por quarto disponível (RevPAR), que acresce cerca de 23% face a 2019, atingindo já os 72,43 euros, o que, naturalmente, teve uma influência direta nos proveitos totais do setor, que também atingem um novo recorde. Tudo isto faz com que estejamos a falar de mais de 50 milhões de euros de rendimentos nos alojamentos turísticos da Região.

 

Estamos perto de atingir os níveis registados antes da pandemia?

É importante registar que se aumentou o número de noites por estadia. Atingimos 5,13 noites por estadia, em média, o que já é muito próximo daquela que era a realidade antes da pandemia. Vínhamos a perspetivar esta evolução em função dos números que foram sendo possíveis de negociar com as companhias aéreas, com a dinâmica que sentimos dos operadores e com aquela que era evolução das reservas e da preferência pelo destino e isso fazia-nos acreditar que julho, agosto, setembro e mesmo outubro perfizessem um conjunto de meses muito bons para o setor permitindo esta recuperação.

 

Isso significa que o destino não perdeu valor?

A Madeira soube atravessar esta crise pandémica sem perder valor, ou seja, o setor em geral, ao contrário de muitos outros destinos, aguentou o preço que tinha dos seus quartos e fez algumas ofertas promocionais para atrair preferência.

Neste momento em que essa procura é dinâmica e surge com esta dimensão, espelhada nas estatísticas, o setor gere essas mesmas ofertas, o que permite conservar o preço, o que é uma atitude muito inteligente e uma leitura muito correta. O setor sabia que se cedesse no preço dificilmente recuperaria no momento em que a procura estaria com esta dinâmica.

 

Surpreendido com o recente movimento no Porto do Funchal?

O que está aqui em causa é um posicionamento do destino e a verdade é que a Madeira ao colocar todo o seu empenho na afirmação do destino seguro comunicou muito forte essa segurança e confiança.

O sector dos cruzeiros, por estar mais atrasado na retoma, ainda não nos tinha permitido essa evidência, mas no primeiro momento em que se sentiram confortáveis obviamente que a Madeira tirou proveito da aposta que fez.


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