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Eduardo Jesus antevê necessidade de nova vaga de apoios

O secretário regional de Turismo e Cultura concedeu uma entrevista ao Publituris, onde o tema central foi o impacto da Covid-19 no Turismo, que Eduardo Jesus diz que ser enorme. Refere que “esta paragem abrupta não tem precedentes nem histórico que nos possa dar uma luz sobre o futuro mais próximo” pelo que referiu não ser “possível prever, com rigor, o início da recuperação”. 01-04-2020 Turismo e Cultura
Eduardo Jesus antevê necessidade de nova vaga de apoios

No entanto, à publicação nacional especializada em Turismo, o Secretário Regional mostrou-se confiante quanto à resposta dada para combater a pandemia. “A Região Autónoma da Madeira adotou medidas muito rigorosas para lidar com a pandemia e isso poderá valer uma evolução favorável, dentro do possível, de todo este constrangimento”, disse.

Contudo, está ciente de que a recuperação não depende apenas da Madeira: “Estamos a falar de turismo e este setor vive da procura externa à Região. Por esta mesma razão, a retoma só será possível quando as regiões emissoras de turismo para a RAM estiverem bem. Não basta que a Madeira e o Porto Santo estejam bem. É preciso que quem nos procura venha de regiões sem problemas de saúde, caso contrário, dificilmente voltaremos aos níveis de atividade que tínhamos até há poucos dias”.

 

Próximo do setor

 

Mais referiu ao Publituris que o Governo Regional “tem estado muito próximo do setor, comunicando, procurando resolver problemas e acompanhando a evolução do processo”.

Eduardo Jesus falou ainda do regresso dos turistas às suas origens, numa operação que classifica de “dura e que requereu muito a muitos profissionais que lutaram pelo contrário daquilo que é usual e normal”. Deste modo, sublinhou: “Tivemos de estar empenhados em fazer regressar e não em captar os turistas. É, sem qualquer dúvida, uma violência tremenda, pois é contranatura. Tudo foi feito e conseguido. Hoje temos à volta de 100 turistas na Região. São estadias de longa duração e que já cá estavam há muito tempo e que pretendem ficar mais algumas semanas ou mesmo meses”.

Por outro lado, referiu que a Secretaria Regional de Turismo e Cultura esteve também a acompanhar a fase da decisão do que fazer às unidades hoteleiras. “Sucederam-se reuniões com o setor, com as associações representativas e procurou-se desenvolver soluções de apoio à atividade empresarial, para além daquelas que têm caráter nacional”.

 

Medidas na Região

 

Além das medidas anunciadas pelo Governo da República de apoio às empresas e às famílias, Eduardo Jesus referiu que o Governo Regional decidiu apoiar todos os profissionais com rendimento da categoria B, duplicando o apoio previsto através da Segurança Social. “Na prática, através do Instituto de Emprego, a Região suportará através do seu orçamento, mais um Indexante dos Apoios Sociais (IAS) a cada um dos profissionais, permitindo um conforto diferente para que possam fazer face às respetivas necessidades mensais”.

Além disso, o Publituris refere que o Governo Regional decidiu também avançar com uma Linha de Apoio de 100 milhões de euros, orientada para a preservação dos postos de trabalho, apoiando todo o tipo de empresas, independentemente da dimensão, havendo a possibilidade de o apoio ser convertido a fundo perdido. “Trata-se de uma linha que prevê empréstimos com taxa de juro bonificada a 100% pela Região, que resulta numa taxa de juro zero para as empresas, com um período de 5 anos e 18 meses de carência. Conforme referi, em função da evolução do negócio da empresa e dos postos de trabalho, aquela ajuda poderá, no final do período de carência, ser convertida, na totalidade, em subsídio a fundo perdido”, explica o Secretário regional.

 

Nova vaga de apoios

 

De uma forma geral, o governante considera que as empresas, em geral, e não só na Madeira, “precisam, neste momento, fundamentalmente, de apoio que compense a não atividade, para manter os níveis de emprego. Converter a não receita em dívida poderá ser muito duro, mesmo para o relançamento da atividade. Isso vai, necessariamente, condicionar todo o processo”. Entende que existe uma necessidade de avançar para “uma nova vaga de apoios que represente entrada efetiva de dinheiro nas empresas, atribuído a fundo perdido que represente uma verdadeira ajuda numa crise que requer medidas muito arrojadas e pensadas fora do formato habitual”.

Eduardo Jesus considera que “será necessário mais apoio e outro tipo de apoio”, uma necessidade que “será uma obrigação, dentro de muito pouco tempo, sob pena de perdermos muito mais do aquilo que se imagina”.

 

 

A entrevista pode ser lida na íntegra, através do link:

https://www.publituris.pt/2020/03/31/e-necessaria-uma-nova-vaga-de-apoios-que-represente-entrada-de-dinheiro-nas-empresas/


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