Contou com a participação de quase uma centena de agentes de viagens e destinou-se a apresentar aos agentes de viagens associados da APAVT as condições em que a Madeira, “Destino preferido” da associação em 2020, vai acolher a partir de amanhã os turistas nos aeroportos da Madeira e do Porto Santo. Tratou-se, assim, de um importante exercício de construção de confiança, elemento fundamental na recuperação do turismo na Região Autónoma da Madeira.
Ao usar da palavra, o secretário regional relevou a importância do turismo para a Madeira e lembrou todo o cuidado que houve para que a realidade epidemiológica seja a que hoje conhecemos, com 92 casos positivos com a Covid-19, apenas 2 casos em evolução, e nenhum óbito a registar. Mencionou também o facto de a Madeira ser a primeira Região do País a criar um Manual de Boas Práticas, elaborado e continuamente atualizado com os contributos do setor, e ainda por constituir a única Região em Portugal com uma certificação de todo o destino.
Tudo componentes que Eduardo Jesus acredita contribuírem para que o destino reabra os seus aeroportos com confiança redobrada.
No entanto, o governante lamentou que a União Europeia não tenha imposto regras no controlo da pandemia no início das viagens, que “seriam a garantia que as pessoas precisam para entrarem com mais segurança nos aviões, e para promover toda a atividade que é o turismo”. Como consequência, admitiu que cada Estado decide por si, tal como acontece com Portugal onde acentuou que não existe uma harmonização nas medidas a implementar nos seus aeroportos. Ao invés, sublinhou que a única harmonização que existe, neste momento, “é uma tentativa de não separar as suas regiões turísticas e vender Portugal como um todo” não mostrando lá fora regiões como a Madeira e outras, que “merecem ser distinguidas umas das outras no que diz respeito ao capital de confiança”. Eduardo Jesus diz que se trata de “um erro terrível. Estamos a pagar caro com isso, quando reclamamos junto do Ministério dos Negócios Estrangeiros, há mais de um mês e meio, com operações da Dinamarca e de Inglaterra, com os voos diretos que temos dessas origens, que não passam em qualquer hub nacional, e internacional. Ninguém no país se interessa com a condição na Madeira como ativo promocional de Portugal”.
O secretário regional admite que “existe uma timidez nacional, que é incompreensível, acerca da distinção das regiões, podendo, através dela, estar a valorizar e qualificar o país de uma forma objetiva que nos traria benefícios imediatos para todos”.