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"Comércio e Indústrias tradicionais"

O legado comercial de Francisco António dos Reis 04-07-2022 Turismo e Cultura
"Comércio e Indústrias tradicionais"

Com o objetivo de proporcionar uma maior rotatividade das coleções, o  Museu Etnográfico da Madeira  dá continuidade ao projeto denominado “Acesso às Coleções em Reserva”, sendo apresentada, semestralmente uma nova temática.

Neste semestre, damos a conhecer o legado comercial de Francisco António dos Reis, um comerciante natural da Ribeira Brava que, durante o século XX destacou-se em várias áreas de negócio, tornando-se uma figura ilustre deste concelho.

Com a sua visão estratégica e sentido de oportunidade, este comerciante soube aproveitar as potencialidades da centralidade geográfica do concelho, enquanto ponto de passagem obrigatório para as pessoas que rumavam ao Funchal, vindos dos concelhos a Norte, (São Vicente e Porto Moniz) e a Oeste (Calheta e Ponta do Sol), e enquanto porto de embarque e desembarque dos barcos de cabotagem.

O seu espírito inovador e empreendedor, tornou-o pioneiro, com a criação da primeira fábrica de telhas, em 1936 e mais tarde, uma fábrica de refrigerantes, negócios que serviram de âncora para o seu primeiro grande investimento, o edifício Miramar, em 1944, um espaço, moderno e de grande volumetria, onde funcionava uma pensão, várias lojas comerciais e um posto de abastecimento de combustíveis.

Em 1959, ergue o seu segundo grande espaço comercial, a Casa Reis, um bazar de grandes dimensões, com várias lojas, onde instalou um moderno sistema de pagamento denominado, popularmente, por: carrinhos voadores e que se tornou a grande atração deste bazar.

Este inovador sistema era composto pelos carrinhos de ferro, com um copo de madeira acoplado, pendurados em cabos aéreos, onde os funcionários das várias lojas, colocavam o dinheiro e faziam-no deslizar até à caixa registadora central, onde estava o proprietário que efetuava os trocos a devolver.

Os seus investimentos e, consequentemente, a criação de postos de trabalho, contribuíram para o desenvolvimento económico e social do concelho, criando condições para que muitas famílias aqui se fixassem.

 

Patente no Museu Etnográfico da Madeira, de 6 de julho a 3 de dezembro de 2022.


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