A Secretária Regional do Ambiente e Recursos Naturais vai enriquecer o conteúdo do dossiê de candidatura, acrescentando-lhe valor científico, fundamentalmente na componente geológica, até agora ignorada, e na área da biodiversidade marinha, pouco desenvolvida.
“As Selvagens têm 27 a 29 milhões de anos. A sua origem vulcânica é muito anterior à ilha da Madeira (7 milhões de anos), dispondo de um património geológico único, de valor excecional, que importa dar a conhecer e valorizar, promovendo a investigação, a divulgação e, simultaneamente, a conservação”, refere Susana Prada.
“Entendo que é com a congregação de esforços e saberes que conseguiremos enriquecer a candidatura das ilhas Selvagens e a elevar ao tão desejado “Outstanding Universal Value”, reforça a Secretária do Ambiente.
O Governo quer despertar o interesse dos investigadores nestas áreas e oferecer-lhes condições para que desenvolvam trabalhos científicos que acrescentem valor.
É através desse potencial de conhecimento, “conjugado com a sua biodiversidade terrestre e marinha, que poderemos acrescentar mais valor a estas ilhas e reforçar os fundamentos que poderão sustentar uma candidatura a Património Natural da Humanidade, num futuro próximo”, sustenta Susana Prada.
A Secretária do Ambiente, que esteve recentemente nas Selvagens, na comitiva que acompanhou o representante da República Portuguesa para a Madeira, vai criar, à semelhança do que fez para a candidatura das Levadas, uma Comissão Técnico-científica, com pessoas de reconhecido mérito nas áreas da geologia, do mar e da biologia marinha.
Para já, Susana Prada prefere não falar em nomes, mas sempre vai adiantando que os convites serão feitos “com base no curriculum das pessoas”, porque como sublinha, “quer conferir a esta comissão de acompanhamento, credibilidade, transversalidade e rigor, necessários para garantir a obrigatória objetividade cientifica à preparação do dossiê das Selvagens”.