Miguel Albuquerque – que falava hoje, na gare marítima do porto do Funchal, durante a cerimónia de assinatura da ata de fundação da Associação Internacional dos Portos das Ilhas da Macaronésia, entre a Madeira, Canárias e Cabo Verde – apontou a necessidade de se trabalhar, em cooperação, de modo a que os percursos de cruzeiro nesta área do mundo sejam cada vez mais conhecidos e atrativos e de modo a que os portos turísticos sejam igualmente cada vez mais atrativos, mas também cada vez mais eficientes do ponto de vista energético e ambiental e mais interativos.
Mas, não é só nos portos e nos cruzeiros que Miguel Albuquerque pretende a cooperação entre as ilhas e não só entre as ilhas da Macaronésia. Quer uma cooperação alargada entre todas as ilhas europeias, sobretudo as ilhas ultraperiféricas, associadas a Cabo Verde. De modo a que possam continuar a fazer um lóbi positivo no contexto europeu.
O líder madeirense assume que a União Europeia tem o seu foco no centro e no leste europeus, sendo preciso redirecionar esse foco para as políticas atlânticas. «É preciso dizer-se que o que dá uma grande dimensão à União Europeia, do ponto de vista geopolítico, são as ilhas. E sobretudo as regiões ultraperiféricas, onde nós trabalhamos em conjunto há muitos anos», defendeu.
Desta forma, perfilha ser fundamental que se continue a trabalhar no quadro das regiões ultraperiféricas, reconhecidas pelo Tratado de Funcionamento, no sentido de se reivindicar aquilo a que temos direito, «que é assegurarmos uma política de coesão efetiva e que permita aos cidadãos residentes nas ilhas os mesmos direitos, as mesmas garantias e a mesma qualidade de vida dos cidadãos que vivem nos territórios continentais da União».
«Não é nenhum favor! Entendemos que a União Europeia tem mais-valia nas ilhas, nas suas ultraperiferias, mas para que continue a ter essa mais valia é fundamental que continue a garantir aqueles que são os nossos direitos», explicou.