Os técnicos das áreas sociais desenvolvem a sua ação em contexto educativo, competindo-lhes, designadamente:
a. Identificar as necessidades sociais, que estão em constante mudança, tais como situações de carência económica, problemáticas de alcoolismo/ toxicodependência; problemáticas de violência física e/ou psicológica; situações de desemprego; problemas habitacionais, entre outras, que possam contribuir ou dificultar a prossecução do sucesso educativo das crianças e alunos, bem como comprometer o bem-estar das famílias numa perspetiva ecológica; b. Desenvolver respostas com o objetivo de minimizar e/ou extinguir as fragilidades identificadas, através da maximização dos fatores facilitadores e da minimização das condicionantes identificadas nas situações de vida das crianças, dos alunos e das suas famílias; c. Intervir em situações de dificuldades de estruturação e organização familiar, com o objetivo de capacitar as famílias para o exercício pleno do direito à cidadania, com autonomia e honrando os direitos individuais dos utentes dos serviços; d. Participar na conceção, implementação e avaliação das medidas de suporte à aprendizagem e à inclusão, nos diferentes níveis de intervenção, com vista à colaboração na promoção do sucesso educativo e na igualdade de oportunidades. e. Colaborar na conceção e implementação dos planos individuais de transição para a vida pós-escolar e das experiências em contexto de trabalho no âmbito de programas de (pré) formação profissional. f. Realizar entrevistas de seleção e orientação de candidatos às ações formativas e proceder ao acompanhamento e monitorização da respetiva formação prática em contexto de trabalho. g. Preparar, desenvolver e avaliar unidades de formação de curta duração das várias componentes de formação, para a integração e formação tecnológica, no âmbito da formação profissional.
Os profissionais das áreas sociais desenvolvem a sua atividade de forma concertada com os diversos agentes da comunidade intervenientes no processo, ao nível das políticas públicas, dos sistemas sociais, das organizações e serviços. Tal concertação requer a colaboração com as famílias e com as diversas equipas multidisciplinares, em contextos diversos, tais como, habitação, saúde, segurança social, comissões de proteção de crianças e jovens, autarquias, instituições particulares de solidariedade social, entidades formadoras e empregadoras públicas ou privadas, entre outras.
A articulação entre os profissionais referidos nos números anteriores, permite favorecer as mudanças estruturais necessárias para que seja possível minimizar e/ou eliminar, com oportunidade, respeito e justiça social, os problemas identificados, encontrando as melhores respostas para cada um, a um dado momento, tendo em conta as dinâmicas vivenciais, preservando o equilíbrio social.