Miguel Albuquerque acaba de anunciar que a Região vai estabelecer protocolo com uma entidade devidamente certificada em Lisboa, de modo a que todos os passageiros que viajem a partir da capital para a Região possam lá fazer os seus testes, a custas do Governo Regional. A medida terá já efeito a partir de 1 de julho.
No fundo, trata-se da antecipação dos testes que teriam obrigatoriamente de realizar na Madeira, também suportados pela RAM. Para já, apenas para quem vem de Lisboa, mas Miguel Albuquerque admite que o desejável seria que a medida fosse estendida a outros destinos de origem.
Falando à margem de visita que fez hoje às instalações da Proteção Civil, o governante anunciou que a Região está a trabalhar no sentido de que quem «viaje para a Madeira possa realizar esses testes em Lisboa, assumindo a Região o custo dos mesmos».
«Como sabem, a partir de 1 de julho quem chegue à Região tem de realizar esses testes, se não os tiver feito antes e num prazo prévio de 72 horas. Depois, num máximo de 12 horas saberá os resultados – eu penso que até menos, porque temos cada vez mais capacidade de testagem. O objetivo é prevenir, em termos de segurança, a Região. E com estes testes já feitos em Lisboa, a nossa segurança irá aumentar», recordou.
Nos meses iniciais, explica, o Governo Regional vai «assumir esses custos». «Dada a prevalência da COVID e dada a importância do Turismo na Madeira, é melhor sermos nós assumirmos os custos – que seriam sempre assumidos por nós em vários casos, como os dos estudantes e dos residentes mais carenciados – e ajudarmos na retoma rápida do Turismo do que estar a gastar, mais tarde, esse dinheiro em subsídios de desemprego», complementou.
Miguel Albuquerque explica que «a ideia é protocolizarmos com uma entidade credenciada em Lisboa a realização desses testes, ao mesmo preço, no máximo, do que custarão os que fazemos na Região, ou seja entre 30 a 40 euros». «E apenas para quem vá viajar para a Região Autónoma da Madeira. O senhor secretário da Saúde já está a tratar disso e em breve será anunciada qual será a entidade», disse ainda.
«O que vamos oferecer, quando reabrimos o turismo, é uma Região que tem, neste momento, quase zero casos… Isso é um ativo que temos de preservar. Não podemos abrir a indústria turística de qualquer maneira, porque isso poderia trazer novos focos de infeção e mesmo pandemia, que iria colocar em causa a indústria turística, os profissionais que nela trabalham e iria fazer com que nós tivéssemos uma regressão», sustentou.
Questionado pelos jornalistas, Miguel Albuquerque explicou ainda que a monitorização será feita por aplicação para quem assim o aceitar. Quem não o
autorizar, o acompanhamento será feito pelos métodos tradicionais, ou seja, pelo telefone.
«Serão cerca de 10 a 15 mil pessoas por dia e temos já isso tudo organizado. Para podermos fazer a monitorização das pessoas que cá chegam», garantiu.
O governante disse ainda que já há acordo com Canárias e o mesmo deverá suceder com os Açores, que «vão permitir que quem viajar da Região para as Canárias vá com o teste realizado e vice-versa».
«É exemplo para a Europa e para a aviação civil de como podemos desenvolver as ligações aéreas com alicerce de segurança e substrato. O único alicerce de segurança que pode haver, neste momento, é o teste. Não há outro!», concluiu.