Esse aumento registado nas estações confirma a fiabilidade dos modelos de previsão elaborados pelo Departamento de Ciências e Engenharia do Ambiente, da Faculdade de Ciência e Tecnologia, da Universidade Nova de Lisboa, e a robustez da rede regional da qualidade do ar.
Assim, tal como previsto, o Arquipélago da Madeira encontra-se sob influência de um anticiclone localizado na Europa Central estendendo-se em crista até ao Arquipélago da Madeira. Esta configuração resulta numa circulação de sudeste, nos níveis baixos da atmosfera, favorecendo o transporte da massa de ar formada sobre os desertos do Norte de África, contribuindo para o aumento de partículas e poeiras em suspensão.
Este fenómeno natural, conhecido na região como “LESTE”, afeta a qualidade do ar ambiente, contribuindo para um aumento das concentrações de partículas em suspensão (PM10).
Já o parâmetro dióxido de enxofre (SO2) mantém-se inalterado desde o início da erupção do vulcão em La Palma, pelo que a existir qualquer influência desse evento na qualidade do ar na região é, até à data, negligenciável, não afetando a qualidade do ar da região.