O Plano de Ação do Programa ‘MISTIC SEAS I’ é o primeiro documento discutido e aprovado em conjunto pelas entidades públicas responsáveis pela implementação da Diretiva-Quadro Estratégia Marítima (DQEM) nos arquipélagos da Macaronésia. O mesmo traça um conjunto de objetivos, ações, produtos e metas comuns para que os resultados, por cada arquipélago, sejam comparáveis com os restantes, possibilitando uniformização e coerência na implementação da DQEM naquela região. A DQEM estabelece o quadro de ação comunitária no âmbito da política do meio marinho e tem como objetivo que os Estados-Membros tomem as medidas necessárias para atingir ou manter o bom estado ambiental do seu meio marinho até o ano 2020. Porque os mares que circundam os arquipélagos dos Açores, Madeira e Canárias partilham características únicas no que concerne à sua biodiversidade, formam, no seu todo, a sub-região da Macaronésia a qual, pela sua dimensão, é uma das mais extensas dos mares europeus, contudo é também uma sobre a qual existe menos informação disponível. Neste contexto, o Plano de Ação do ‘MISTIC SEAS I’ fomenta o desenvolvimento de sinergias, tanto entre entidades competentes, bem como entre os peritos dos três grupos funcionais alvo (espécies marinhas de mamíferos, aves e repteis), resultando numa partilha de experiências e informação científica que é fundamental para que a Madeira venha a assegurar o bom estado do seu mar. Além disso, porque faz uma análise dos recursos financeiros disponíveis para a implementação de medidas concretas para melhoria dos espaços marítimo, inclusivamente ao nível do cofinanciamento europeu, o Plano é um passo importante para que a Madeira consiga, cada vez mais, zelar pelos seus mares, cujo estado está associado ao mares dos dois restantes arquipélagos da Macaronésia, tanto devido à própria circulação oceânica e espécies que acompanham essa mesma circulação, tais como as tartarugas, como pelo movimento migratório de outras espécies, tais como os cetáceos e aves, que não limitam as suas rotas de migração à existência das correntes predominantes.