Rui Barreto, que começou por lembrar que 66% da área do nosso território terrestre é protegida e que a nossa área marinha está protegida até às 12 milhas, em cerca de 89% dessa área, disse que isto “revela bem as preocupações dos políticos e de quem tem a capacidade de fazer e decidir o ordenamento terrestre e marítimo têm, pois definiram estas áreas, precisamente, para nós garantirmos a sustentabilidade e garantirmos os stocks de peixe no futuro”.
Mas, para isso, disse, “nós precisamos de gerações conscientes, gerações que participem, como nestas atividades de literacia dos oceanos, as atividades ligadas ao conhecimento das artes de pesca, da valorização da biodiversidade, de valorização do nosso ecossistema marinho, das nossas espécies, do nosso pescado, dos nossos pescadores, os nossos armadores, da nossa natureza em sentido geral”.
Tudo isto, acrescentou ainda Rui Barreto, “envolvendo as novas gerações, que vão criando consciência nos pais e também desmistificando, às vezes, alguns estereótipos que existem que hoje em dia ofuscam também um pouco o desenvolvimento”.
A este propósito, deu o exemplo, da aquacultura, “que é um desígnio europeu e um desígnio das novas gerações. Com a aquacultura nós estamos também a proteger o ecossistema do peixe selvagem, porque nós precisamos de economia, nós precisamos que as crianças e a população se alimentem convenientemente, mas isso tem de ser feito com equilíbrio, sem fundamentalismos e, principalmente, com gerações conscientes e é para isso que estes projetos também existem, para que as criança, os jovens, as comunidades, tenham consciência das decisões, daquilo que estamos a fazer”.
“E aquilo que estamos a fazer – rematou o secretário com a tutela das Pescas – é absolutamente extraordinário e pioneiro, sendo a Madeira uma região pioneira naquilo que se refere à proteção do ambiente, à proteção do nosso ecossistema, à valorização da nossa Laurissilva”.