Foi em representação do Presidente do Governo Regional que o secretário das Finanças presidiu, ontem, à cerimónia comemorativa do aniversário da Freguesia da Ilha.
Na ocasião, o governante considerou que a história da Ilha é uma história que se confunde com a própria narrativa da Madeira e que, apesar da breve idade que a freguesia tem, é exemplo da conquista que o processo autonómico pós 25 de abril trouxe à Região, ao concelho de Santana e à Ilha.
As comemorações da mais jovem freguesia da Madeira, realçou Rogério Gouveia, compelem, assim, a um exercício que leva a concluir que nem tudo na vida deve ser dado como adquirido, mas sim conquistado no dia a dia, fruto das opções tomadas a cada momento.
Por isso, é com preocupação que o secretário regional diz observar uma sociedade muito imediatista, para quem tudo tem de ser para agora, e sem energia para imaginar ou se preocupar com o futuro.
“Mas mais preocupante, é dar conta de uma sociedade que aparenta não ter memória e isso deixa-me inquieto, porque os perigos e os desafios estão aí”, referiu, lembrando a guerra na Ucrânia, o conflito no Médio Oriente e, sobretudo, os fenómenos extremistas espalhados por todo o mundo, que à primeira vista parecem distantes, mas que já estão a entrar no nosso país.
Para o responsável pelas Finanças, é também esta contingência a maior ameaça que a Região enfrenta ao seu processo de desenvolvimento e a tudo o que foi conquistado.
“Temos gente neste país que é contra a autonomia e os poderes autonómicos conquistados, mas continuam a ter tempo de antena e projeção”, disse, lembrando e apelando, por isso, para as opções que serão tomadas nos próximos tempos e que serão determinantes para cimentar o processo autonómico ou, pelo contrário, para ajudar os adversários da Autonomia e deixar que tudo que foi conquistado tenha um retrocesso.