Num cômputo geral foi a necessidade de prosseguir formação na minha área profissional, atendendo ao facto de que para continuar a progredir necessitava de concluir o 12º ano de escolaridade, situação que me levou a inscrever no processo de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências (RVCC).
Em boa hora me inscrevi no processo, porque desta forma pude ver validado o curso que já tinha concluído da Union of European Football Associations A (UEFA) e assim ficar habilitado a trabalhar em todas as federações dos países ao nível mundial, como também me deixou uma porta aberta para prosseguir os estudos académicos.
Que vantagens e desvantagens sentiu aquando da sua participação neste processo que entretanto terminou?
O maior obstáculo que encontrei foi a distância, devido ao facto de trabalhar no estrangeiro. A obrigatoriedade de estar presente em algumas situações específicas criou-me algumas dificuldades, contudo, valeu e muito o apoio de uma equipa de bons profissionais que sempre se disponibilizou para me ajudar a encontrar forma de poder desenvolver todas as temáticas propostas no processo RVCC.
Desde já quero agradecer à Dr.ª Sónia Neves, ao Técnico Superior, Dr. Tiago Carvalho e a todo o corpo docente, foram extraordinários!
A escolha deste processo teve dois aspetos relevantes que passo desde já a destacar:
a. ver reconhecida uma experiência de vida adquirida ao longo do meu percurso profissional;
b. despertar para pequenas coisas que posso fazer no meu dia-a-dia em benefício do bem comum, como exemplo: melhorar a minha participação cívica, contribuir para um melhor clima e preservar os bens naturais, tão necessários para manter a vida no nosso planeta.
Felizmente, o grau de analfabetismo e iliteracia na Madeira em nada se compara ao tempo dos meus pais, mas mesmo assim gostaria de chamar a atenção dos jovens e menos jovens, para a importância de frequentar estes processos, uma vez que contribuem para uma melhor preparação para o mercado de trabalho.
A título de exemplo, antes, só era reconhecido em Portugal para desenvolver a minha profissão, depois de concluir o processo RVCC posso trabalhar em qualquer parte do mundo.
Que perspetivas lhe foram abertas com este percurso pessoal e profissional que entretanto concluiu?
Atualmente sinto que estou melhor preparado, o que me faz encarar o futuro com mais segurança. A conclusão desde processo deu-me ainda o poder de escolher novas vias, não só ao nível pessoal como também ao nível profissional.