O presidente do Governo Regional falava hoje, durante a cerimónia de receção e integração de 79 jovens internos médicos, que decorreu no Hospital Dr. Nélio Mendonça.
O governante diz que o Serviço Regional de Saúde vai continuar a fazer investimento de vanguarda, até porque, assumiu, «grande desafio dos serviços públicos de saúde é conseguirem manter um ritmo de investimento que consiga fixar os seus quadros médicos e enfermeiros, bem como de outros técnicos de Saúde».
Só que, conforme alertou, «na Madeira, os custos com a Saúde de cada pessoa custam mais 34% do que no Continente». «Temos custos superiores porque temos de ter todos os equipamentos e recursos médicos nas ilhas, algo com que os hospitais do Continente não têm de se preocupar, já que podem diversificar custos, equipamentos e recursos», recordou.
Desta forma, reforça que terá de ser negociada, no quadro de revisão da Lei Finanças Regionais, como é que a Região poderá ser compensada deste acréscimo de custos.
«Teremos ainda de manter um Serviço Regional de Saúde com grande qualidade, porque no dia em que ele começar a se degradar vai acontecer o que já está a acontecer no Continente. Nos últimos 17/18 anos, cerca de três milhões de portugueses têm seguro solidário de Saúde, a que se juntam mais 1,2 milhões com ADSE. Isso significa que grande parte optou por sair ou desconfiar do Serviço Nacional de Saúde e optaram pelos privados. O crescimento do sector médico privado, a nível nacional, resulta da degradação do SNS», explicou.
Na Madeira, complementou, ter-se-á de continuar a garantir um Serviço regional de Saúde de excelência e, paralelamente, trabalhar em conjunto com o serviço privado de medicina, assegurando «um serviço de grande qualidade aos cidadãos».