O Secretário das Finanças saudou o investimento que, embora tardio, vai finalmente para o terreno.
Além disso, lembrou o governante, o Estado só se compromete com a ligação Continente-Açores -Madeira, deixando de fora a ligação ao Porto Santo. Assim sendo, o Governo Regional é que deverá suportar a ligação Madeira- Porto Santo, num investimento superior a 1 milhão de euros.
Para além da capacidade limitada, o tempo de vida do atual cabo, do operador privado Altice, termina no final deste ano, pelo que a Região arriscaria a ficar sem comunicações com o resto do mundo e a ver ampliada a sua ultraperificidade.
Foi, aliás, para precaver esse risco, que o Governo Regional decidiu, em 2018, fazer um importante investimento noutro cabo submarino – Ellalink –, desenvolvido pelo Grupo EEM, através da sua participada EMACOM, que é um operador de telecomunicações neutro e integralmente público, detido em 100% pela Região Autónoma da Madeira.
Esta infraestrutura de telecomunicações submarina entre o Funchal e Sines, considerada como a quarta acessibilidade e um instrumento essencial para o desenvolvimento regional, representou um investimento no valor de 15,6 milhões de euros, sendo constituída por um par de fibras óticas com capacidade de transmissão de 13, 5 Terabits e com um período de vida útil não inferior a 25 anos.
Os dois cabos submarinos, Ellalink e o novo Anel CAM, terão uma grande relevância para o desenvolvimento da Madeira, respondendo às atuais preocupações do setor empresarial e da população em geral, com muitos benefícios para os operadores de telecomunicações e para todos os madeirenses, tanto pela redução de preço, como pelo aumento da capacidade de transmissão.