A educação ao longo da vida tem sido e será o grande motor do desenvolvimento humano. Contudo o enfoque da educação tem-se centrado predominantemente na formação de crianças e jovens. Os adultos, por omissão, não têm recebido a devida atenção e reconhecimento por parte da educação. Apesar das múltiplas circunstâncias de percursos de vida, é sempre possível desenvolver as potencialidades de cada um. Nunca é tarde para aprender a suprir carências ou complementar necessidades de formação. Estamos num processo de continua aprendizagem. O desenvolvimento e aquisição de novas competências é e será sempre uma prioridade a ser considerada ao longo da vida. Esta preocupação deverá ser articulada com as necessidades do mercado de trabalho, novas oportunidades e práticas de cidadania.
“É preciso que, desde os começos do processo, vá ficando cada vez mais claro que, embora diferentes entre si, quem forma se forma e reforma ao formar e quem é formado forma-se e forma ao ser formado. É nesse sentido que ensinar não é transferir conhecimentos, conteúdos, nem formar é a ação pela qual um sujeito criador dá forma, estilo ou alma a um corpo indeciso e acomodado. Não há docência sem discência, as duas se explicam e seus sujeitos, apesar das diferenças que os conotam, não se reduzem à condição de objeto, um do outro. Quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender” (Pedagogia da Autonomia, pág. 25, Paulo Freire).