A Direção Regional de Cidadania e Assuntos Sociais, representada pela Diretora de Serviços de Igualdade e Cidadania, Mariana Bettencourt, marcou presença no Madeira Pride 2022, sob o mote “deixa passar esta linda liberdade”.
Durante a sua intervenção, Mariana Bettencourt, fez questão de cumprimentar e parabenizar a Comissão organizadora do Madeira Pride 2022, UMAR, Rede aexequo, Opus gay Madeira, A.P.F. Madeira, Abraço Madeira Pride 2022, enfatizando as atividades, visibilidade, inclusão e o respeito que existe por toda a comunidade LGBT+ da Região Autónoma da Madeira, destacando ainda a importância de todas as pessoas que se solidarizaram com esta causa.
«Desde 2017, que acompanho, com muito gosto, o então Funchal Pride. O agora Madeira Pride, mais abrangente e inclusivo, tem sido uma ferramenta, fundamental, na luta contra os estereótipos e (pre)conceitos que a comunidade LGBT tem sido alvo ao longo dos tempos. É sobretudo, uma forma de promover uma sociedade, presente e futura, em que a diversidade de escolhas e opções traduzir-se-á sobretudo em liberdade, respeito, igualdade de oportunidades e cidadania.
Queremos hoje, acima de tudo comemorar as conquistas (e tenho ainda bem presente a conquista que representou a inauguração, no passado dia 6 de setembro, do Centro LGBTI+ da Madeira) e recordar a urgência de implementar medidas que combatam situações de discriminação, nomeadamente no acesso ao emprego, à educação/formação, à habitação e, até mesmo na constituição de uma família.
Ao longo da vida deparamo-nos com todo o tipo de diferença: de género, raça, etnia, valores, religião, expressão da sexualidade, ritmos de aprendizagem, configurações familiares e tantas outras.
No centro de todas as formas de discriminação está sobretudo o (pre)conceito, baseado em conceitos, mais ou menos, generalizados de identidade e a necessidade de identificação com determinado grupo social. Estes preconceitos podem conduzir à ignorância e até mesmo incitar o ódio!!!
Por isso, quando os falsos debates mediáticos sobre se a homossexualidade é genética, herdada ou adquirida ressurgem, sinto sempre que a questão não está a ser colocada corretamente…
…que uma pessoa ame a outra, não me parece que seja um problema. O problema é que alguém mate, persiga, denuncie e reprima outra pessoa, só porque é diferente!!!
Assim, o que deve ser perguntado e debatido é se a Homofobia, a Transfobia e a Bifobia são genéticas, herdadas ou adquiridas!!!
Transpor preconceitos, eliminar os estereótipos e aprender a viver num ambiente de diversidade, liberdade e respeito, são alguns dos desafios das sociedades contemporâneas.
Mas, como “as palavras só se tornam realidade com o impulso dos atos”, o Governo Regional da Madeira, através da DSIC, está a trabalhar conceitos como a igualdade, a identidade de género e cidadania, com crianças e jovens da Madeira e do Porto Santo, pois acreditamos que o trabalho, hoje realizado, vai contribuir para que, amanhã, tenhamos mais e melhores cidadãos/ãs,numa Sociedade em que a diversidade de escolhas e de opções traduzir-se-á num maior respeito, liberdade e igualdade de oportunidades para todas as pessoas!!!» Afirmou.
«"Deixa passar esta linda liberdade", pois todas as pessoas são livres e iguais em direitos e deveres!”» Realçou.