Considerando a área marinha envolvente, a importância dos valores naturais, paisagísticos, culturais e geológicos presentes naquelas Ilhas, entende o governo que estamos perante um importante recurso turístico, designadamente científico, que se assume como uma mais-valia para a gestão das áreas protegidas, na medida em que é criada a oportunidade de, para além da mera aquisição de conhecimento, o visitante poder participar de forma ativa em trabalhos de conservação da biodiversidade, investigações e monitorizações.
O Governo Regional entende que estas áreas protegidas devem ser, cada vez mais, geridas com uma clara e objetiva orientação no sentido de as tornar um incontornável recurso económico e, nesse sentido, é importante definir estratégias que permitam compatibilizá-las com uma maior presença humana, designadamente na vertente lúdico-turística.
Considerando que o turismo científico, por ser praticado por pessoas informadas e com elevada especificidade ao nível dos seus interesses na área do conhecimento, é um tipo de turismo que não colide com os valores subjacentes à criação das Áreas Protegidas da RAM, o Governo Regional quer consagrá-lo no Planos de Ordenamento e Gestão das Ilhas Selvagens e das Ilhas Desertas.