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OE é ruinoso para o País e desastroso para a Madeira

Miguel Albuquerque diz que o Orçamento de Estado, na sua atual configuração, é ruinoso para o País e desastroso para a Madeira. 26-10-2021 Presidência
OE é ruinoso para o País e desastroso para a Madeira

E diz que será ainda pior se vier a contemplar as medidas que o BE e o PC propõem. Então, assume, «seria a ruína total do País e sinónimo de um novo resgate pela Troika”.

O presidente do Governo Regional falava à margem da cerimónia de apresentação do Orçamento Participativo da RAM para 2021/2022, que decorreu hoje, no salão nobre do Governo Regional.

Questionado pelos jornalistas, o líder madeirense sustentou que «para a Madeira este orçamento também é desastroso, porque nenhuma das justas reivindicações da Madeira estão consubstanciadas no Orçamento de Estado».

Dando exemplos, Miguel Albuquerque criticou que, depois da crise pandémica que atravessámos, o OE para 2022 venha tirar à Região 15 milhões de euros em relação ao ano passado, «quando deveria ser o contrário».

Em segundo lugar, lembrou, não está clarificada a participação em 50% do Estado na obra do novo Hospital e continua sem resposta o facto de ser a Região que vem assumindo os custos da Soberania na Madeira, «o que é algo inqualificável», ao nível dos custos dos subsistemas de saúde.

O governante recorda ainda que no OE «não está prevista a regulamentação do subsídio de mobilidade, de modo a garantir que os madeirenses possam viajar a 86 euros» e nele não há também «qualquer medida, depois de tal ter sido anunciado, relativamente ao transporte marítimo, o chamado ferry».

«Não há ainda qualquer verba, para os estudantes da Madeira, para compensar os custos com o passe sub-23», elencou.

Pelo conseguinte, reitera, «este é um orçamento desastroso também para a Madeira» E por isso, sublinha, os deputados do PSD Madeira em São Bento vão votar contra!

Questionado sobre uma eventual negociação que viesse a viabilizar, através dos votos do PSD Madeira, o OE, Miguel Albuquerque lembra que, no atual contexto, os parlamentares da Região não seriam suficientes.

Mas, recorda que, como vem dizendo em mais de uma vez, em primeiro lugar está sempre a Madeira. «Se precisarem de nós sabem onde é que eu estou…», disse.

Contudo, acha difícil que tal venha a suceder. E reforça que «se as reivindicações da Esquerda forem aceites isso levará novamente ao resgate do País».

«Neste momento, querer mexer no sistema de financiamento de pensões e querer fazer aumentos do salário mínimo quando há uma crise energética à vista e quando há uma crise de abastecimento de matérias primas, complementada por uma pressão inflacionista na Europa e no País é absurdo. Nem as empresas aguentam….», critica.

O governante não tem dúvidas de que «as reivindicações estapafúrdias da Esquerda levariam a um aumento substancial da despesa do Estado e a uma intervenção da troika».

 

Se for chumbado, o OE poderá funcionar em duodécimos, o que é sempre «melhor do que uma crise horrível que viria com as reivindicações da Esquerda». «É melhor uma crise política do que medidas (da Esquerda) que levem à ruína», reiterou.

Miguel Alberto realça que esta crise foi despoletada pela Gerigonça. «E há duas lições que se aprendem: que esta gente não é fiável e que deveria ter havido um acordo escrito imposto pelo Presidente da República».

«Eu acho que aquilo que o professor Cavaco Silva percebeu quando exigiu que os acordos com a Gerigonça ficassem por escrito para a Legislatura, o professor Marcelo Rebelo de Sousa não percebeu e não exigiu esse acordo. E as consequências estão à vista», explicou.

Agora, concluiu, estamos perante uma crise que levará à queda do Governo, se não houver entendimento entre os partidos da Gerigonça.


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