O presidente do Governo Regional diz que a Região aposta, neste momento, num novo paradigma para a Agricultura, que passa por deixar para trás a imagem da agricultura de subsistência e apostar numa atividade tecnológica, rentável para o produtor e exponencial para a economia madeirense.
Miguel Albuquerque falava no final de uma visita a uma exploração agrícola localizada no Estreito de Câmara de Lobos, no seguimento de outras visitas que vem realizando a outras explorações empresariais agrícolas da Região, «que foram e são apoiadas pelo PRODERAM».
Diz que as visitas têm incidido em explorações que representam aquilo que o Governo Regional pretende para o futuro da Agricultura na Madeira, «que é o de ultrapassar a ideia de agricultura de subsistência, através da tecnologia e da modernização das explorações, e ainda da formação que é dada aos agricultores».
O governante refere ser, do ponto de vista estratégico, «muito importante para a Madeira a manutenção do sector primário, até por razões de autossuficiência alimentar, importante como vimos agora durante a pandemia, e por razões de preservação paisagística e dos solos».
Por outro lado, sublinhou que a agricultura moderna é uma forma de assegurar aos empresários rendimento. «É fundamental fazermos esta aposta em pessoas como o sr. João (proprietário da exploração visitada) que não têm medo de mudar e de se abalançar a estes novos desafios, que são sobretudo de tecnologia».
«Hoje, a Agricultura, o sector primário, baseia-se em tecnologia. Que permite ter uma produção muito superior à tradicional, que não se esgote os solos e um rendimento muito maior com menos mão-de-obra», acrescentou.
No ano passado, o valor líquido declarado do sector agrícola foi de mais de 130 milhões de euros. «Se se juntar a agricultura de subsistência familiar, pode-se facilmente concluir que a Agricultura tem um peso superior a 200 milhões de euros», relevou.
A finalizar, diz que os últimos censos dizem que 12% da população praticava agricultura. «Vamos fazer um novo censo agrícola, para ver quem se dedica profissionalmente à agricultura e que faz a agricultura de subsistência», concluiu.