No entanto, o líder madeirense lembra que os fogos florestais são sempre imprevisíveis e recorda que, por exemplo, o último grande fogo florestal na Madeira ocorreu em fevereiro, na Ponta do Pargo.
O presidente do Governo Regional falava aos jornalistas, durante uma visita que fez, nesta tarde de quarta-feira, ao Caminho dos Pretos, onde decorrem trabalhos de intervenção ao nível da regeneração florestal, da criação de uma rede hídrica de combate aos fogos e de implantação de uma faixa corta-fogo, trabalhos que ultrapassam, globalmente, os 2,5 milhões de euros.
«Esta é uma intervenção que estamos a fazer em três frentes. A primeira engloba uma regeneração florestal numa área de 32 hectares, que estava repleta de eucaliptos e acácias e que era pasto de chamas todos os anos. Essas plantas foram cortadas, abrimos caminhos florestais e a mesma está, agora, a ser regenerada com plantas, parte delas endémicas e outras que não o sendo têm caraterísticas de não terem grande capacidade de combustão», explica.
Outra área de intervenção é, prosseguiu, «a da criação de uma rede hídrica de combate a incêndios, com nove quilómetros e que abrange todo o Caminho dos Pretos até ao Palheiro Ferreiro, incluindo um reservatório com mil e quinhentos litros de água». «Terá bocas de incêndio, que serão cruciais no combate aos incêndios», acrescentou.
Em terceiro lugar, o Governo Regional, através da Secretaria do Ambiente, está a trabalhar na implantação da faixa de corta-fogo, numa área de 640 hectares, sendo que parte dos terrenos foram doados pelas empresas e parte foram adquiridos pelo Governo Regional.
«Neste momento, já intervimos em 220 hectares, substituindo as espécies invasoras por autóctones», anuncia. E extensas áreas florestais estão a ser limpas.
Miguel Albuquerque sublinhou que todos estes trabalhos a somar a várias intervenções do género em toda a Madeira vão prosseguir.
Por outro lado, lembra que o POCIF está no terreno e que temos um helicóptero preparado e a funcionar, bem como foram criadas equipas multidisciplinares.
«As torres de vigilância foram recuperadas, os drones estão em funcionamento. Portanto, o trabalho de prevenção está a ser feito. Os bombeiros estão a ser bem formados e equipados com o melhor que existe», enumerou, sublinhando estar a ser feito um excelente trabalho de prevenção.
Mas, lembra, «há sempre factos aleatórios».