Miguel Albuquerque explica que a nova variante, a Ómicron, que já é também dominante na Madeira, tem elevado índice de transmissibilidade, mas consequências residuais, em termos de Saúde Pública, do que as causadas por variantes anteriores, sobretudo para os vacinados.
«Tal e qual os EUA já constataram, esta nova variante, que é já dominante, não tem as implicações que as anteriores tinham, em termos de Saúde Pública e de cuidados hospitalares», sublinhou.
O presidente do Governo Regional explicava assim – à margem da entrega, hoje, no salão nobre do Governo Regional, de bolsas de mérito a estudantes madeirenses – a entrada em funcionamento de novas normas para o isolamento profilático de pessoas contaminadas ou que contactaram de perto com casos positivos, que foi reduzido para cinco dias nos casos em que não se registam sintomas e após teste negativo.
«Aprovámos hoje em conselho de Governo, a redução do período de isolamento profilático dos contaminados ou dos potenciais contaminados. Ao fim de cinco dias, se não tiverem sintomas e ao testarem negativo acabam o isolamento», sublinhou.
A medida, recorda, aplica-se sobretudo aos vacinados, porque os não vacinados estão sujeitos a uma situação muito mais grave do ponto de vista da Saúde Pública.
A grande diferença está nos contactos com casos positivos, onde os não vacinados têm de cumprir isolamento de cinco dias e quem for vacinado apenas tem de usar máscara, salvo surgimento de sintomas.
Aos jornalistas, Miguel Albuquerque garante que a Madeira vai continuar a testar massivamente, mas o que se tem constatado é que «esta variante é muito menos incisiva do que a anterior, pelo que não se vai manter as pessoas em isolamento profilático sem necessidade».
O líder madeirense enfatizou ainda que a maioria das pessoas já tem a vacinação completa (86%) e que as pessoas contaminadas com a nova variante têm tido sintomas ligeiros ou mesmo não os têm tido.
Miguel Albuquerque relevou ainda que, na Região, as atividades económicas e sociais estão a funcionar. O Turismo, destacou também, está em alta. «Não vamos encerrar nada e as aulas começam no dia 3, na Madeira, como estava previsto», reiterou.
«Como vamos começar as aulas presenciais, com a relativa normalidade, queremos que os pais façam o esforço no sentido de vacinarem os filhos e alcançarmos assim um índice de vacinação muito elevado na Madeira, no sentido desta pandemia se transformar numa endemia», apela.
E volta a reafirmar que «quem não está vacinado, tem que se vacinar…». E lembra que a «maioria das mortes, e têm sido dolorosas, são em pessoas que não levaram a vacina, ou que já tinham comorbidades».
O líder madeirense admite ainda que a Região possa vir a encurtar os prazos para a terceira dose de vacinação.
«A única forma que as pessoas têm de se proteger é através da vacinação. Só assim é que criarão imunidade, que deve ser reforçada com a terceira dose da vacina», insta.
No entanto, afirma compreender que os pais possam ainda ter algum receio em vacinar os seus filhos.
Contudo, pensa que, à medida que se for constatando que não têm havido quaisquer efeitos secundários na vacinação das crianças, «os pais vão começar a perceber que a melhor forma que têm de defender os seus filhos é vaciná-los».