No caso dos presépios, como o do Curral das Freiras (que visitou nesta manhã do dia 4), há ainda a vantagem acrescida de permitirem aos visitantes (muitos dos quais através de visitas promovidas por escolas) aprenderem o que era, antigamente, a vida dos madeirenses
«À medida que o tempo vai passando, vão-se perdendo os testemunhos vivos dessas vivências, que eram muito difíceis, muito penosas, por vezes muito confrangedoras. A vida na altura era muito dura, na Madeira e no Porto Santo», salientou.
Referindo-se, depois, ao que acabara de ver, durante a visita ao Presépio do Curral das Freiras – uma iniciativa da Associação Refúgio da Freira, que teve, no ano passado, 50 mil visitantes, o número apontado também para este ano – defendeu ser aquele «um bom retrato, do ponto de vista dos ciclos económicos: era quase tudo manual, não havia comunicações, as pessoas transportavam os produtos às costas, tudo era difícil, tudo era complicado».
Desta forma, entende que, hoje em dia, é importante fazer-se «esta homenagem aos nossos ancestrais e àquilo que conseguiram fazer».
O Mega Presépio do Curral das Freiras vai na sua 20ª edição e estará aberto ao público até 14 de janeiro. São cerca de 120 metros de percurso visitável, com perto de 130 figuras, implantado no estacionamento coberto do Centro Cívico da freguesia, numa área de 480 metros quadrados.
O grande mentor da iniciativa é Anacleto Camacho, presidente da Associação Refúgio da Freira, com o apoio de vários colaboradores, alguns que já vêm desde há 20 anos.