Sobre as crias, o IFCN sabe que uma é fêmea, filha da “Fêmea Y”, sendo a outra um macho, filho da “Parêntesis”. Embora não se tenham detetado mais jovens exemplares, a dinâmica de lobos-marinhos registada poderá indicar a existência de mais crias, pelo que o trabalho de monitorização do lobo-marinho realizado nas Ilhas Desertas poderá trazer mais novidades num futuro próximo.
A foca-monge do Mediterrâneo ou lobo-marinho, Monachus monachus, como é conhecida no arquipélago da Madeira, é a foca mais rara do mundo e uma espécie considerada em perigo pela União Internacional para a Conservação da natureza. Em Portugal, ocorre unicamente no arquipélago da Madeira, mais especificamente nas Ilhas Desertas e ilha da Madeira, senda a sua população estimada em 25-30 exemplares.
O projeto para a conservação do lobo-marinho e do seu habitat teve início em 1988, através do extinto Serviço do Parque Natural da Madeira, o que levou à criação da Área Protegida das Ilhas Desertas, em 1990, que, entretanto, passaram a Reserva Natural em 1995. A proteção in loco, a monitorização e o estudo do Lobo-marinho, juntamente com a educação ambiental, têm sido as principais estratégias utilizadas para a sua salvaguarda.