O Secretário Regional de Equipamentos e Infraestruturas, Pedro Fino, esteve, em representação do Presidente do Governo Regional, no evento da Cimentos Madeira, no Hotel Vida Mar, iniciativa esta que marcou uma nova etapa na história desta grande empresa sediada na Madeira, que lançou uma nova identidade visual para reforçar o posicionamento da marca, de forma a consolidar a sua posição no mercado regional e o compromisso com a sustentabilidade e com a inovação.
Pedro Fino começou por referir que “a sustentabilidade é, de facto, um compromisso que todos nós, sociedade, temos de assumir”. “No caso da Cimentos Madeira, que faz parte do Grupo Secil, é com agrado que constatamos a vossa luta atenta às alterações climáticas e ao compromisso para dar respostas a este grande desafio global, por exemplo, através da diminuição da intensidade carbónica da produção, visando uma produção mais eficiente e limpa”, apontou.
O governante sublinhou que “o Governo Regional encara as empresas como parceiras no processo de desenvolvimento da Região, são geradoras de riqueza, criam postos de trabalho, são fundamentais para o crescimento económico da Região”. “São, portanto, pedras basilares do desenvolvimento social da Região”, defendeu, acrescentando que “ao Governo Regional compete trabalhar para continuarmos a ter um ambiente favorável para que todas as empresas prosperem, se desenvolvam e criem valor acrescentado na Região”.
Focando o contexto económico regional, frisou que “os indicadores são animadores e, no caso da construção civil, nunca se construiu tanto como agora, principalmente na área de Edifícios”.
“Na Madeira, temos em curso a maior obra de edifícios em Portugal e, julgo que não será exagerado apelidá-la desta forma, a obra do século, a construção do Hospital Central e Universitário da Madeira, em Santa Rita. Esta intervenção, que se encontra na segunda fase e a todo o vapor, será em vários planos emblemática. A Madeira ficará dotada de uma estrutura modelar de saúde, com elevada vertente científica associada ao ensino académico.
Numa vertente mais social, a Habitação sempre foi uma aposta do Governo Regional, embora agora se tenha intensificado fruto das circunstâncias específicas do momento. De facto, estamos a demonstrar uma capacidade de execução assinalável, porque abordamos esta questão da construção das habitações de duas formas: por um lado suportamos os investimentos na habitação através da iniciativa privada, adquirindo as habitações, no final da sua construção; e por outro lado estamos a promover obra pública aproveitando os terrenos públicos existentes na construção de habitações.
Em pouco mais de um ano e meio ter no terreno 600 habitações a serem construídas demonstra claramente a nossa capacidade de execução e, acima de tudo, de planeamento. Nunca se construiu tanto em tão pouco tempo, embora sejam conhecidos constrangimentos como a falta de mão-de-obra e os custos dos materiais, inflacionados em muito pela crise internacional que se vive, primeiro por causa da guerra na Ucrânia e agora com o conflito no Médio Oriente.
No que diz respeito aos investimentos nos edifícios e equipamentos públicos, acresce que continuaremos a construção da Unidade Local de Saúde do Porto Santo e do início da construção da nova Sala de Concertos da Madeira. O investimento, nos próximos quatro anos, será concentrado na satisfação de algumas necessidades de novos equipamentos, atualmente identificadas, e em continuados e integrados programas de reabilitação estrutural e de beneficiação, designadamente nos setores da educação e do desporto, da saúde e da cultura, visando a sua adequada conservação e manutenção preventiva e corretiva.
Numa outra vertente não menos importante, a evolução da rede viária é e continuará a ser um veículo de transformação da sociedade e da economia, gerando novas oportunidades de localização de residências e de empresas.
Por essa razão, neste âmbito, continuaremos a trabalhar na renovação e no melhoramento continuo da rede regional de estradas, tornando-as mais resilientes, mais inclusivas, mais sustentáveis e mais inteligentes.
Investimentos fundamentais considerando que, para a nossa escala e realidade insular, as acessibilidades terrestres são incontornáveis no desenvolvimento de políticas de mobilidade como ferramenta para a competitividade e coesão do território.
Esta dinâmica apresentada no setor da construção civil tem naturais reflexos no crescimento da procura das matérias-primas ligadas à construção e de um modo particular em um dos vossos produtos chave”, avançou.
O Secretário Regional salientou ainda que, de acordo com os dados da Direção Regional de Estatística da Madeira, a venda de cimento continuou a crescer na Madeira durante os meses de verão, impulsionada pela construção civil em alta. Entre julho e setembro deste ano, foram vendidas 42,4 mil toneladas, um aumento de 7,3% comparativamente com o trimestre anterior e uma subida de 4% face ao período homólogo de 2022.
“Por sua vez, o valor do cimento vendido na Região no trimestre em referência, ascendeu aos 5,3 milhões de euros, apresentando uma subida trimestral e homóloga de 10,3% e de 16,2%, respetivamente, um indicador que reflete uma subida de preços”, adiantou.
“É uma Região dinâmica que queremos ter, por isso, da parte do Governo Regional, continuaremos também a apoiar os nossos empresários e todos aqueles que não têm receio de apostar e de lutar”, rematou.