Retomada ligação à Ponta do Pargo

Governo autoriza continuidade da via expresso até à Ponta do Pargo. 05-12-2017 Equipamentos e Infraestruturas

O conselho de Governo Regional deu “luz verde” quinta-feira à retoma da empreitada de construção da via expresso que ligará a Fajã da Ovelha, no sítio da Raposeira do Serrado, à Ponta do Pargo.
O sim do plenário governamental permitirá que as obras tenham início já em janeiro próximo.
Durante o mês de dezembro deverá ser montado o estaleiro da obra e cumpridos outros procedimentos administrativos.
A via-expresso para a Ponta do Pargo foi das obras suspensas devido a imposições do Programa de Ajustamento Económico e Financeiro, desde inícios de 2012. Agora, vai ser retomada, indo ao encontro do que defendia a população daquelas duas freguesias.
Ainda recentemente, o presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, já tinha anunciado que a obra seria retomada.
Na passada quinta-feira, foram definidos os procedimentos que permitem esse mesmo arranque.
A nova ligação rodoviária tem 5.719 metros de comprimento e vai dar continuidade à via expresso Prazeres/Raposeira. O traçado prevê também a ligação à Lombada dos Marinheiros (Fajã da Ovelha) e à Senhora do Amparo e à Lombadinha (na Ponta do Pargo), através de rotundas.
Integra quatro túneis, que atravessam diversos lombos (Lombada dos Cedros, Lombo de S. Lourenço e de S. João, Lombada dos Marinheiros e Achada do Mestre).
Os quatro túneis deste troço viário, numa extensão de 2.189 metros já estão totalmente acabados. Estão por executar cerca de 900 metros de pontes e viadutos, assim como os pavimentos, iluminação pública, sinalização e equipamentos de segurança, bem como os sistemas de ventilação e redes de combate a incêndios dos túneis.
Estamos perante uma empreitada que materializa uma das linhas estratégicas estabelecidas na Região Autónoma da Madeira, nomeadamente na área das acessibilidades internas, promovendo o desenvolvimento equilibrado da Região e que, reconhecidamente, passa pela garantia de condições idênticas de segurança e qualidade de vida dos seus habitantes, onde quer que estes residam e/ou trabalhem, assim como aos que nos visitam.
Assegurar uma adequada rede de acessibilidades internas é um pressuposto de base indispensável àquela garantia. Daí o significativo esforço de investimento público realizado nas últimas décadas, no sentido da Região dispor de rede de comunicações terrestres, que assegurem ligações rodoviárias com um nível de serviço e de segurança imprescindíveis a um eficiente sistema geral de transportes que se pretende de alto desempenho e fator de competitividade da economia regional.
Com a entrada em serviço deste troço viário estaremos a dar um passo decisivo para alcançar o objetivo de reforçar os níveis de acessibilidade intra-regional às zonas mais isoladas, de forma a que estas beneficiem do desenvolvimento económico, nomeadamente o decorrente do sector turístico, e, consequentemente, propiciando a expansão e reforço das atividades económicas e mercados locais.
O volume total de investimento deste troço rodoviário é de 72,65 milhões de euros, distribuídos por duas empreitadas. O valor da adjudicação da primeira fase da obra foi de 37,95 milhões de euros, encontrando-se concluída por um valor total de 34 milhões de euros, ou seja, inferior ao valor da adjudicação em 10,4%.
O valor da adjudicação da segunda fase da obra foi de 34,7 milhões de euros, tendo sido realizados até à data cerca de 1% do investimento.
Atualmente encontram-se por executar trabalhos no valor de 34,4 milhões de euros, o que corresponde a 47,3% do investimento total deste troço rodoviário.
Com o investimento nos trabalhos por executar, a Região poderá vir a usufruir deste troço rodoviário, beneficiando de um nível de serviço e de segurança necessários ao reforço da acessibilidade intra-regional, promovendo o desenvolvimento económico daquela zona.
A empreitada inclui a execução dos seguintes trabalhos: 5,7 quilómetros de plena via; pavimentação dos quatro túneis bidirecionais; instalação de equipamentos de segurança; 6 viadutos, com extensão total de 884 metros; 4 obras de arte correntes (PS); 5 rotundas de ligação à rede viária existente.
A execução da empreitada necessária à conclusão deste troço rodoviário, irá mobilizar, em média, cerca de 250 trabalhadores por mês.

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