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Ribeira de João Gomes recuperada

Governo Regional vai recuperar e canalizar a Ribeira de João Gomes, num investimento total orçado em quase 17 milhões de euros. 26-02-2018 Equipamentos e Infraestruturas
Ribeira de João Gomes recuperada O Governo Regional vai lançar, no próximo mês, o concurso para a obra de reabilitação e regularização da Ribeira de João Gomes. O anteprojeto, já elaborado, aponta para a substituição de três pontes (Carmo, Campo da Barca e junto ao economato da CMF) e prevê a execução dos trabalhos em duas fases: a primeira, orçada em 11,4 milhões de euros, a avançar no verão, entre o Mercado e o quartel dos Bombeiros Voluntários Madeirenses e a segunda, a custar 5,4 milhões de euros, logo de seguida, entre este local e o primeiro açude, junto ao acesso à via rápida.
A conjugação do estado de conservação/manutenção das obras com as exigências hidráulicas de escoamento da ribeira determinou a necessidade da substituição das pontes e a construção de uma rotunda. No caso das pontes do Carmo e do Campo da Barca a questão é a secção de escoamento da ribeira ser insuficiente e no caso da junto ao economato da CMF o problema é o seu estado de degradação.
A obra inclui também o arranjo dos muros ao longo do troço e a reconstrução de passeios, bem como a colocação de buganvílias.
No entanto, esta proposta ainda será enviada para a Câmara Municipal do Funchal, uma vez que a Secretaria Regional dos Equipamentos e Infraestruturas pretende um consenso alargado em relação a este projeto. Assim, a CMF será convidada a colaborar em relação à forma como serão conduzidos os trabalhos, sobretudo na questão do trânsito.
Amílcar Gonçalves recorda ainda que com esta obra executa-se o plano de intervenção nas três principais ribeiras do Funchal, promovendo-se maior segurança de pessoas e bens na capital madeirense.
«Como foi referido recentemente, no estudo, pelo professor Betâmio de Almeida, não deixarão de haver aluviões nem se pode impedir o seu acontecimento. Mas, pode-se, de facto, mitigar as suas consequências, diminuir a sua devastação. E é isso que temos procurado fazer», reforçou.
Lembrando que o Governo Regional vai alargar a monitorização e a intervenção, no futuro, a outras ribeiras da Madeira, que não apenas as mais atingidas a 20 de Fevereiro (as do Funchal e as da Ribeira Brava, Serra de Água e Tabua), bem como ainda apostar em sistemas de alerta e prevenção mais eficazes e antecipados, a par de outras medidas, o governante aproveita já para sublinhar que as obras irão causar alguns constrangimentos no trânsito, mas recorda que «é um mal temporário, mas necessário para que, no futuro, haja muito maior segurança para todos».
A empreitada da primeira fase, referente ao troço entre os 0,24573 quilómetros e os 0,81242 quilómetros, ou seja, durante 567 metros, e a empreitada da segunda fase, referente ao troço entre os 0,81242 quilómetros e os 2,401 quilómetros, ou seja, durante 1.509 metros) seguem-se a uma fase já executada entre a foz e pouco acima do Mercado dos Lavradores.
As obras constantes deste projeto com vista à regularização e reabilitação da ribeira integram a construção de travessões hidráulicos de estabilização do leito, a construção de um canal em betão (em “U”) na zona de rebaixamento do troço já hoje canalizado, o alteamento de muros, o reforço da fundação de muros existentes, a construção de novos muros no troço seminatural a montante da ponte do Economato da CMF e até ao açude A1 e a construção de uma estrutura de confluência de um dos principais afluentes da margem esquerda.
Simultaneamente estão previstas intervenções em algumas das pontes associadas ao troço a intervencionar.
No percurso da ribeira João Gomes, objeto das duas empreitadas, existem doze obras de arte destinadas a permitir o atravessamento da mesma, quer por tráfego rodoviário, quer por peões.
Neste conjunto de obras existem duas pontes (RJG12 e RJG13, acima da Ponte do Economato) relativamente recentes, cuja secção de vazão não é condicionante em termos do escoamento, nem apresenta um estado de degradação dos tabuleiros que justifique qualquer tipo de intervenção no âmbito deste projeto.
Todas as restantes obras de arte consideradas neste estudo efetuam o atravessamento entre as duas margens da ribeira por intermédio de um único vão, cuja dimensão é, contudo, naturalmente variável ao longo do percurso da ribeira, mas cujo valor corrente é da ordem de grandeza dos 10 metros a
12 metros. 
Neste contexto, as intervenções preconizadas incluem o rebaixamento da ribeira, a regularização da ribeira
mediante a construção de um canal em "U", na zona de rebaixamento, bem como o restauro da muralha existente.
Vai ainda acontecer o realinhamento do traçado da ribeira na zona da ponte em frente ao Anadia, incluindo a demolição de parte do tabuleiro de montante e de parte do muro existente na margem esquerda, numa extensão de cerca de 33 m. E também será realinhado o traçado da ribeira na zona da Ponte do Campo da Barca, incluindo a demolição do muro existente na margem direita, numa extensão de cerca de 21 metros. 
Serão construídos travessões hidráulicos de estabilização do fundo da ribeira, alteados os muros para cotas compatíveis com os níveis do dimensionamento hidráulico, nomeadamente na zona das hortas municipais, construídos muros-guardas com 1,30 m de altura, executada uma estrutura de confluência do afluente da margem esquerda da ribeira ao quilómetro 2,340 e reabilitado e reformulado um acesso já hoje existente ao leito da ribeira cerca dos 2,1 quilómetros.

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