O Governo Regional vai monitorizar todos os enrocamentos de proteção marítimas e ainda as estradas regionais, para avaliar as consequências do mau tempo. O objetivo é identificar danos estruturais ao nível dos perfilhamentos e proteção dos enrocamentos e do estado dos pavimentos e dos muros guarda. Também alguns edifícios públicos serão observados. Tudo em nome da segurança das populações.
O secretário regional dos Equipamentos e Infraestruturas, Amílcar Gonçalves, deu já instruções nesse sentido, sendo que o início dos trabalhos de monitorização, que se deverão prolongar por duas a três semanas, deve ocorrer na próxima semana, se as condições climatéricas assim o permitirem.
Essa monitorização vai ocorrer em toda a Região, ao nível das estradas regionais. No caso dos enrocamentos, a monitorização vai acontecer na Calheta, na Ponta do Sol, na Ribeira Brava, na Ponta Delgada, no Jardim do Mar, no Paúl do Mar, no Seixal, em São Vicente, em Machico e nos Reis Magos, para além do Funchal (frente-mar junto à ETAR), no local onde os mesmos estão implantados. No caso da Calheta e de Machico, a monitorização também vai incidir nas praias de areia.
O mau tempo que vem assolando a Madeira desde o final de janeiro provou estragos avultados em estruturas costeiras e viárias e o Governo Regional pretende avaliar, em concreto, a dimensão dos danos, para depois projetar intervenções de correção, se tal se justificar.
Também alguns edifícios públicos, aqueles mais antigos ou que no passado já mostraram algumas patologias estruturais, serão monitorizados.
Amílcar Gonçalves refere que o objetivo principal tem a ver com a segurança das populações, já que é importante garantir que os enrocamentos e as estradas, bem como os edifícios públicos, estão em condições de funcionamento e que não possam colocar em causa a segurança de pessoas e bens.
O governante admite que para além dos danos visíveis, e já quantificados (cerca de 10 milhões de euros, até à data) possam haver outros estragos estruturais, que possam vir a aumentar aquele valor, bem como a já extensa lista de trabalhos de recuperação em curso pela Secretaria Regional dos equipamentos e Infraestruturas.
Recorde-se que, por exemplo, só nas áreas desportiva e escolar, estão previstas 17 intervenções nos próximos dias. Nas estradas, serão muito mais.
Para além disso, recorde-se que desde inícios de fevereiro que a SREI tem várias equipas, todos os dias, nas estradas e em outros espaços públicos, a proceder a limpezas e recuperação de danos.