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Governo desassoreia fozes de Santa Luzia e de João Gomes

O Governo Regional continua a limpar as ribeiras da Região. Desta feita, logo após o cortejo da Festa da Flor, será no Funchal. 03-04-2018 Equipamentos e Infraestruturas
Governo desassoreia fozes de Santa Luzia e de João Gomes O Governo Regional vai desassorear a foz das ribeiras de João Gomes e de Santa Luzia, junto à Praça da Autonomia. Os trabalhos vão ter início logo após o cortejo da Festa da Flor e vão demorar cerca de um mês, conforme anuncia o secretário regional dos Equipamentos e Infraestruturas, Amílcar Gonçalves.
Na semana passada terminaram os trabalhos de limpeza na foz da Ribeira de São João, troço que, no período de mau tempo que ocorreu durante o mês de fevereiro e inícios deste mês, apresentava um assoreamento mais significativo.
No sentido de manter a secção de vazão com a capacidade máxima, várias máquinas estiveram no local, recorde-se, a fazer o desassoreamento. 
«Este tipo de procedimento de limpeza foi previsto em projeto e carece de uma monitorização e de acompanhamento. Uma vez que o caudal da ribeira não apresentou os valores críticos de cálculo, que levariam ao arrasto do material até ao mar, a deposição de material na zona terminal torna-se uma inevitabilidade», explica o secretário regional dos Equipamentos e Infraestruturas. 
Esta situação, realça, apresenta «a vantagem de permitir a recolha do material inerte ao nível do canal fluvial ao invés de um desassoreamento marítimo do fundo do Porto do Funchal, sempre mais complexo e oneroso». 
No caso das fozes das ribeiras de Santa Luzia e da Ribeira de João Gomes, conforme a monitorização que o Governo Regional faz regularmente, a situação não apresenta cuidados de maior, permitindo, segundo Amílcar Gonçalves, à Secretaria Regional dos Equipamentos e Infraestruturas promover os trabalhos só durante a última semana de abril, logo após o cortejo da Festa da Flor.
Isto porque, explica, «a realização do cortejo implica a montagem de bancadas e de outros mobiliários que dificultariam a entrada de máquinas para a limpeza da ribeira». Desta forma, «como não há urgência, entendeu-se aguardar de modo a não provocar constrangimentos num dos maiores cartazes turísticos da Região, fazendo as obras só depois do cortejo».
O secretário regional dos Equipamentos e Infraestruturas lembra que este Governo vem promovendo a monitorização das ribeiras e a sua limpeza, bem como ainda a canalização e regularização de vários troços. 
É o caso, no Funchal, das ribeiras de João Gomes, Santa Luzia e de São João, com empreitadas que irão começar, todas, ainda durante este ano. Estão ainda previstas intervenções de fundo nas ribeiras da Serra de Água, Ribeira Brava, Tabua e Madalena do Mar.
Lembre-se ainda que, em 2017, o Governo Regional promoveu 74 intervenções de limpeza de ribeiras e outros cursos de água. 
A propósito, Amílcar Gonçalves recorda que a Região tem em vigor um Plano de Gestão do Risco de Aluviões, «que preconiza um conjunto vasto de medidas de redução do risco de cheias, que têm vindo a ser faseadamente implementadas desde a grande aluvião de Fevereiro de 2010». 
As medidas estruturais incluem «a construção de açudes, a correção torrencial de linhas de água de montanha de escorrência torrencial e a canalização de troços fluviais urbanos». 
As medidas não estruturais contemplam «os trabalhos de limpeza e desobstrução das ribeiras e a revitalização dos ecossistemas fluviais, mas também os mapas de zonas de risco, o ordenamento dos corredores ribeirinhos, a regulamentação da ocupação do solo junto às linhas de água, a componente de proteção civil, que abrange aspetos como a previsão meteorológica e avisos de eventos extremos, os sistemas de aviso precoce e ações subsequentes de emergência, o planeamento de emergência e a preparação para resposta às aluviões». 
Desta forma, o governante sustenta que, numa lógica de gestão preventiva do risco de aluviões, «devemos todos ter em mente a necessidade de realizar intervenções regulares e programadas de corte de vegetação, limpeza de detritos, desassoreamento e regularização natural das linhas de água».
Amílcar Gonçalves recorda que está a ser dada prioridade ao corte e remoção da vegetação invasora do leito e das margens, incluindo a remoção de árvores tombadas para o canal fluvial, que tendem a contribuir para a formação de pontos críticos de retenção dos caudais de ponta, com efeitos catastróficos em caso de rutura. Na sequência dos ventos fortes que se fizeram sentir nas últimas semanas, está a ser montado um procedimento para a remoção de árvores tombadas na Ribeira de Santo António e de árvores em perigo no Ribeiro do Trapiche.
O secretário regional dos Equipamentos e Infraestruturas salienta ainda «o trabalho de consolidação do leito e das margens das linhas de água nos sectores superiores das bacias, para proteção contra a erosão e cheias e para melhoria da drenagem e funcionalidade das correntes fluviais e as ações de plantação de espécies ripícolas e condução de corredores de vegetação ribeirinha, com especial preferência por espécies de porte arbustivo e árvores de pequeno porte, que a médio e longo prazo não contribuam para alimentar o caudal sólido das ribeiras». 
Neste momento, recorde-se, decorrem também trabalhos de desassoreamento e de limpeza na ribeira de Machico, junto aos Maroços.

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