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Governo constrói jardins no Garajau

O Governo Regional vai construir um novo jardim no Garajau, que será servido por auditório, zonas de lazer e de recreação e por uma cafetaria. 08-04-2018 Equipamentos e Infraestruturas
Governo constrói jardins no Garajau

O Governo Regional vai construir um novo jardim no Garajau, na área onde durante muitos anos funcionou uma pedreira, entretanto desativada. O futuro espaço de lazer e fruição da população, com cerca de 7.500 metros quadrados, incluirá cafetaria, pista para bicicletas, skate e patins, uma extensa área verde e uma outra de monumento geológico, para além de um parque infantil e um anfiteatro ao ar livre, com vista mar.

O projeto é uma parceria entre as secretarias regionais dos Equipamentos e Infraestruturas e do Ambiente e Recursos Naturais (que idealizou o projeto ao nível dos espaços verdes) e vem responder a uma aposta do executivo madeirense na criação de novos espaços verdes e de lazer, de modo a proporcionar à população ainda melhor qualidade de vida.

«O novo jardim é, aliás uma aposta do próprio presidente do Governo Regional. Miguel Albuquerque considera importante a reconversão daquele género de espaços e entendeu ser fundamental aproveitar um espaço abandonado, que empobrecia aquele sítio da freguesia do Caniço, uma das mais populosas da Madeira, numa estrutura dinâmica, cheia de vida, que irá promover toda aquela zona», explica o secretário regional dos Equipamentos e Infraestruturas, Amílcar Gonçalves.

O governante acentua que «os espaços verdes têm um papel fundamental na qualidade de vida das pessoas e, de entre eles, os que são de uso comunitário e de livre acesso, como os jardins públicos, podem contribuir decisivamente para a saúde e a felicidade de quem os vive».

Paralelamente, este investimento, orçado em 500 mil euros e que tem um prazo de execução de cinco meses, devendo ser iniciado ainda este ano, permitirá, conforme enfatiza Amílcar Gonçalves, «regenerar a área de uma antiga exploração de inertes, sem uso atual, para disponibilizar à população um espaço lúdico, de socialização e exercício físico, e no qual a vegetação desempenha um papel relevante no aumento da qualidade visual daquele troço “cinzento” da paisagem».

Acrescente-se ainda que os antecedentes da exploração de areão deram o mote para o tema escolhido para servir de inspiração à concretização do jardim: a Paisagem Pós-industrial.

Desta forma, «para preservar esta memória, mantem-se a parede de escavação, transformada em monumento geológico e passa esta a ser visitável através de uma passagem aérea desnivelada, a meia altura, que a acompanha em grande parte da sua extensão e permite uma visão aérea do jardim e uma panorâmica extra sobre os arredores e a linha de costa ali bem perto».

«Este elemento metálico escultórico em ferro e a utilização pontual de aço corten, em diversos elementos, ajudam a conferir o espírito pretendido», explica o governante.

No centro do jardim será implementada uma cafeteria com esplanada em deck, lado a lado com um amplo relvado e um espaço de recreio para as gerações mais novas, com equipamentos que apelam à motricidade, ao equilíbrio, à destreza física e à coordenação motora.

Mas, saliente Amílcar Gonçalves, «os momentos de aventura não se esgotam na zona central, estendendo-se a boa parte do jardim». Assim, a partir do café, existirá uma rampa sem condicionantes de acessibilidade, que permite aceder ao topo superior do jardim, onde se encontrará um circuito para bicicletas, adequado para iniciados ou para quem domina a técnica, bem como para skate e patins.

A encosta imediatamente abaixo será ocupada por diversos escorregas, com diversos desníveis, que deverão encantar os mais novos e não só..

Ainda nesta vertente oeste, o declive da encosta será aproveitado para ali se instalar um anfiteatro com bancos de betão e onde se poderão organizar pequenos eventos. O facto de se encontrar todo relvado e envolvido pela sombra das árvores, permitirá amenizar as temperaturas ambiente e utilizá-lo também como local de repouso ou merenda.

Para o lado nascente da cafeteria, criaram-se algumas circulações que se cruzam, alargando a capacidade de exploração do jardim, abrigando pequenos núcleos de equipamento para exercício físico e ligando, no extremo Este, à já referida passagem aérea.

A nível da vegetação, espécies mais exigentes alternam com outras de menores necessidades hídricas. Desta forma, arvores subtropicais de floração impactante, como as coralinas, os himenosporos e as cássias-do-nordeste, aliam-se aos exemplares de copa frondosa, como a rústica canforeira, tendo-se igualmente apostado em espécies de formato escultural, caso das patas-de-elefante, das cordilines-da-austrália, dos dragoeiros ou dos pandanos. Nas zonas de estadia dar-se-á preferência a espécies de folha caduca que permitam a passagem dos raios solares no inverno.

Refira-se ainda que as estruturas de apoio da passagem aérea servirão de suporte a buganvílias, havendo a possibilidade de utilizar, em simultâneo, gaitinhas num corredor inferior.

Este jardim ocupa uma área aproximada de 7.500 metros quadrados, entre as cotas 215 e 237, e tem uma exposição predominante a sul, o que lhe permite receber radiação solar durante grande parte do dia.

Refira-se ainda que o Jardim disporá de duas portas de entrada, por forma a encerrar durante o período noturno e assim prevenir atos de vandalismo. Terá também sanitários públicos e arrecadações para jardinagem.


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