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Governo Regional substitui estações meteorológicas

O Governo Regional está a substituir as suas estações meteorológicas, visando tornar mais célere e eficaz a monitorização das condições atmosféricas e o seu impacto em derrocadas e inundações, entre outros fenómenos. 26-04-2018 Equipamentos e Infraestruturas
Governo Regional substitui estações meteorológicas O Governo Regional está a proceder à renovação da sua rede regional de medição da precipitação, do vento, da humidade e da temperatura, o que vai permitir a cobertura de toda a Região, possibilitando imagens em tempo real e sensores que vão possibilitar uma avaliação mais atempada de riscos de aluimentos ou de inundações.
Estas 25 novas estações são a primeira fase de um projeto muito mais amplo e que permitirá à Região criar um Centro Regional de Análise e Avaliação (em tempo real) de Riscos Naturais, ao nível de inundações, derrocadas e escoamentos hidráulicos.
O sistema irá comportar ainda, explica o secretário regional dos Equipamentos e Infraestruturas, Amílcar Gonçalves, a monitorização de deslocamentos em vertentes e uma rede automática de visualização e monitorização de incêndios florestais.
Segundo o governante, esta medida, no âmbito do Estudo de Avaliação de Riscos Naturais, permitirá «substituir as antigas estações udométricas regionais por modernas estações meteorológicas automáticas, com energia elétrica autónoma, interligadas em tempo real por via rádio de alta frequência, GSM ou cabos de fibra ótica, a um centro de imagem e de processamento de dados a instalar no Laboratório Regional de Engenharia Civil».
Os trabalhos são executados sob a responsabilidade do Laboratório Regional de Engenharia Civil, órgão executivo da Secretaria Regional dos Equipamentos e Infraestruturas, e ficarão concluídos até ao final do corrente ano.
«Esta é uma das diversas ações em curso, para cumprir medidas preconizadas no “Estudo de Avaliação do Risco de Aluviões na RAM”, no qual se prevê a implementação de um centro regional de análise, a cada momento, de um conjunto de variáveis para avaliação e aviso do risco de ocorrência de fenómenos aluvionares, em qualquer condições climatérica», recorda Amílcar Gonçalves.
Neste âmbito, estão a ser substituídas 25 antigas unidades de medição de chuva por estações meteorológicas completas, incluindo sensores de humidade solos, «que permitirão cobrir o território da ilha da Madeira com uma rede similar à já executada, e em funcionamento experimental, nas bacias hidrográficas dos municípios do Funchal e da Ribeira Brava».
Amílcar Gonçalves diz que «os dados obtidos com a referida rede meteorológica, incluindo o histórico dos registos acumulados estarão disponíveis em tempo real para consulta pública através de um site em desenvolvimento no Laboratório Regional de Engenharia Civil, cuja conclusão se prevê para o início de 2019».
«À rede em constituição sob a responsabilidade do Laboratório de Engenharia Civil, que avalia e disponibiliza informação em tempo real relativamente ao regime de precipitação no território da ilha da Madeira, associa-se a rede meteorológica do Instituto do Mar e Atmosfera, que prevê as suas variações no tempo e no espaço», complementa. 
Em conjunto, essas redes, que fornecem prestam informação em tempo real e previsional, constituem, diz o secretário regional dos Equipamentos e Infraestruturas, «uma importante ferramenta ao dispor das entidades com responsabilidades em matéria de proteção civil e segurança das populações, para apoio à decisão relativamente às ações de prevenção que se afigurem necessárias à minoração das consequências devastadoras, ao nível da perda de vidas e bens, dos fenómenos extremos em condições climatéricas adversas».
Estas novas estações meteorológicas automáticas fazem parte integrante de um projeto mais amplo, com o apoio financeiro da União Europeia, ao qual foi atribuída a responsabilidade da constituição de um centro regional de análise em tempo real e avaliação de riscos naturais ao nível dos escoamentos hidráulicos nas suas componentes líquida e sólida, de inundações, de derrocadas e dos demais movimentos de massa, com base na complexa correlação de variáveis meteorológicas, hidráulicas e hidrológicas, geotécnicas, geológicas e de ordenamento florestal, incluindo oceanográficas para avaliação do impacto de leques aluvionares em fozes de ribeira.
Para além da rede de monitorização meteorológica, o sistema, anuncia Amílcar Gonçalves. «integrará uma rede automática de visualização e monitorização de incêndios florestais em zonas de orografia complexa, com impacto ao nível da rede hidrológica regional para quantificação da variação do risco dos movimentos de massa em encostas fragilizadas pela destruição do coberto vegetal». 
Será também disponibilizado um sistema para monotorização de deslocamentos em vertentes.
A componente de análise meteorológica do projeto estará concluída até ao final de 2018. 
O valor total do Sistema Regional de Avaliação do Risco de Aluviões ronda os três milhões de euros, investimento que conta com cofinanciamento europeu ao abrigo do POSEUR.


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