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Estrada que liga a Camacha ao Santo será reconstruída

O Governo Regional vai reconstruir a estrada que liga a Camacha ao santo da Serra. O investimento ascende aos 4 milhões de euros 08-05-2018 Equipamentos e Infraestruturas
Estrada que liga a Camacha ao Santo será reconstruída

O Governo Regional vai recuperar a estrada regional que liga a Camacha ao Santo da Serra. Para além do pavimento e correções de traçado, a empreitada incluirá a consolidação de taludes e a reparação de muros de suporte e de guarda, bem como a colocação de nova sinalização horizontal e vertical. A empreitada foi adjudicada anteontem, em conselho de Governo, conforme soube o JM, e irá custar, já com IVA, cerca de 4 milhões de euros.

Os trabalhos, da responsabilidade da Secretaria Regional dos Equipamentos e Infraestruturas, deverão iniciar-se em julho devendo a obra estar terminada em julho de 2019.

A obra de “Reconstrução da ER102-Camacha/Santo António da Serra” foi adjudicada quinta-feira passada, no plenário, à sociedade “Zagope” pelo preço contratual de 3 222 670 euros, (3.931.657,4 euros com IVA incluído) e pelo prazo de execução de 365 dias, de acordo com a respetiva proposta, por ser a de mais baixo preço.

Recorde-se que, na sequência do temporal de 20 de fevereiro de 2010, a ER102 foi severamente afetada, em especial ao nível da drenagem transversal e da estabilização de taludes, tendo sido desenvolvido um projeto de execução para reposição das condições de segurança nesta via. Das 31 ocorrências registadas no troço, restam acudir a 16, que serão resolvidas por esta empreitada.

Recorde-se que o secretário regional dos Equipamentos e Infraestruturas, Amílcar Gonçalves, tem colocado a tónica na necessidade de promover obras que salvaguardem pessoas e bens. É neste sentido que vêm sendo regularizadas e canalizadas linhas de água (ribeiras, ribeiros e córregos), que vêm sendo consolidados taludes (só para este ano estão previstos mais de 60 milhões de euros) e projetadas alternativas viárias que garantam a segurança das pessoas, como são exemplos as obras a decorrer no Porto da Cruz e as que estão previstas para o Jardim do Mar, para o Funchal (Ribeira João Gomes e Viveiros), e para o Seixal (túnel João Delgado). Isto para além das várias operações de desassoreamento das ribeiras, um pouco por toda a ilha.

Amílcar Gonçalves vem avançando, aliás, outras obras que visam essa mesmo segurança de pessoas e bens, uma das prioridades a par da construção ou da requalificação de equipamentos nas áreas da Saúde e da Educação.

O troço agora a intervencionar tem uma extensão total aproximada de 10,3 quilómetros. De uma forma geral, os danos nele registados terão sido originados pela escorrência de grande quantidade de água e material sólido provenientes das várias linhas de água que atravessam a ER102.

Os trabalhos vão incluir drenagem longitudinal e transversal, estabilidade de taludes, correção de muros de suporte e de guarda, reparação do pavimento e melhoria da sinalização e segurança.

Quanto à drenagem transversal, o estudo efetuado pela SREI passou pelo dimensionamento dos elementos face às bacias hidrográficas em que estão inseridos, tomando em linha de conta os níveis de material sólido detetados na sequência do temporal.

Foram assim identificadas situações que justificam a execução de novas passagens hidráulicas, assim como a definição de novas soluções para as bocas de entrada e saída das mesmas. Os trabalhos preconizados procuram promover o correto atravessamento das águas garantindo a estabilidade da plataforma e construções adjacentes.

No atinente à drenagem longitudinal, procedeu-se a um inventário das situações que decorrem do temporal, com especial destaque ao encaminhamento para as passagens hidráulicas a executar / beneficiar. Foi também dada atenção aos cursos de água canalizada a céu aberto (levadas), procurando a compatibilização destes elementos com os diversos trabalhos de reconstrução previstos.

Por outro lado, nas inspeções realizadas, foram 15 situações de taludes instabilizados ou potencialmente instáveis, a necessitar de intervenção.

Assim, na perspetiva de minimizar as consequências de eventuais instabilizações futuras, em especial o risco de perda de vidas humanas e de bens materiais, definiram-se soluções de estabilização e/ou de convivência com instabilizações controladas, consideradas adequadas no âmbito do presente projeto.

O projeto de reconstrução da ER102 contempla também trabalhos que respeitam a muros de guarda e muros de suporte.

Os muros de suporte projetados referem-se a ocorrências relacionadas com a instabilização de muros existentes, assim como os elementos definidos no âmbito da execução de novas passagens hidráulicas. De uma forma geral, as soluções projetadas referem-se a muros em betão ciclópico.

Ao longo do traçado identificaram-se também ocorrências de destruição de muros de guarda., que serão também reparados.

Refira-se ainda que o pavimento da ER102 se encontra muito deteriorado, em resultado da intempérie de 20 de Fevereiro de 2010: escorrência de material sólido ao longo da plataforma, deslizamento de taludes sobre o pavimento e da, circulação de máquinas de limpeza após o temporal.

O presente projeto contempla também a execução de trabalhos ao nível do equipamento de sinalização.

Está igualmente prevista a reposição de alguns sinais verticais, assim como a execução de novas marcas rodoviárias, após a execução dos trabalhos de reconstrução do pavimento

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