Descrição do projeto: Regularização e Canalização da Ribeira da Corujeira (2ª Fase) - Monte
Código do projeto: POSEUR-02-1810-FC-000402
Objetivos principal: Promover a adaptação às alterações climáticas e a prevenção e gestão de riscos
Região de intervenção: Região Autónoma da Madeira – Funchal (Monte)
Entidade beneficiária: Secretaria Regional de Equipamentos e Infraestrutura (SREI)
Data de Aprovação: 31/01/2017
Data de Início: 08/09/2017
Data de conclusão: 22/05/2019
Custo total elegível: 1.549.954,40 €
Apoio financeiro da União Europeia - POSEUR: 1.340.753,97 €
Apoio financeiro público nacional/regional – Orçamento Regional: 209.200,43 €
Objetivos, atividades e resultados/atingidos
A presente operação insere-se no âmbito das medidas de redução da perigosidade hidrológica e da vulnerabilidade territorial, de modo a garantir condições de vazão adequadas, para responder a eventos de chuva forte. Devido à natureza geológica do seu território, a generalidade das bacias hidrográficas da ilha da Madeira é potenciadora de uma elevada produção de material sólido, a qual constitui a componente mais perigosa da aluvião. O projeto de Regularização e Canalização da Ribeira da Corujeira 2ª fase – Monte, foi executado tendo por base uma estratégia integrada para reduzir a velocidade de escoamento, com grande poder de transporte de material sólido aumentando a capacidade erosiva. Assim, a presente intervenção desenvolveu-se no troço entre a Estrada da Corujeira e o Caminho dos Tornos, dando sequência ao troço anteriormente canalizado entre o Caminho do Cabeço dos Lombos e o Caminho da Corujeira. Os trabalhos realizados consistiram essencialmente numa intervenção de regularização e canalização do troço da Ribeira da Corujeira em questão, numa extensão aproximada de 450 metros, incluindo a construção de travessões de regularização e de muralhas de betão ciclópico e a execução de passagens hidráulicas. Os trabalhos realizados na empreitada foram os seguintes: a) Construção de muralhas de canalização de betão ciclópico em ambas as margens, onde se preconiza o aprofundamento do leito da ribeira e o aumento da secção hidráulica, ficando a ribeira com uma secção de vazão mínima de 3x3 metros. Em situações pontuais, junto a muros existentes de moradias, foi necessário executar muros em betão armado; b) Construção de travessões hidráulicos de regularização em betão ciclópico, que tiveram alturas variáveis entre 1,2 metros e 1,6 metros, de modo a manter-se inclinação do leitos nos 7%, evitando-se velocidades de transporte elevadas, diminuindo o risco de erosão acentuada pelos caudais transportados e garantindo uma proteção às fundações dos muros da canalização; c) Construção de cinco passagens hidráulicas, que foram executadas com vigotas pré-fabricadas com vão aproximado de 3 metros; d) Reposição de todos os serviços e infraestruturas afetadas pela realização da empreitada. A operação contribuiu para a consecução dos objetivos de prevenção e gestão de riscos das ribeiras da Ilha da Madeira, na medida em que permite a atenuação da vulnerabilidade de uma área exposta a riscos de cheias e aluviões, reforçando assim a segurança de pessoas e bens.