O presidente do Governo deixou hoje claro que se voltarem a ocorrer situações de incumprimento como as do passado fim-de-semana fechará as zonas onde tal acontecer. Miguel Albuquerque lembra que está a fazer para que não seja necessário fechar atividades, mas avisa que não hesitará em fazer se houver incumprimentos ou se houver uma escala anormal de novos casos.
O líder madeirense – que falava na Ponta Delgada, à margem da visita que fez na manhã de hoje a zonas afetadas, em 25 de dezembro de 2020, por forte intempérie – sublinhou ainda que a grande maioria das medidas de contenção ontem anunciadas pelo Governo da República já se aplicam na Madeira há cerca de três semanas.
Quanto ao fecho de atividades, nomeadamente de discotecas e de bares, Miguel Albuquerque mantém a expetativa de que seja possível controlar a situação. «Ainda ontem tivemos uma reunião muito importante com os donos dos bares e das discotecas, no sentido de apelar ao cumprimento das regras e das recomendações», lembrou.
Segundo o presidente do Governo Regional, a ideia passa por «evitar o encerramento das atividades económicas, nomeadamente comerciais e de restauração, que são onde tem havido mais incumprimento».
«A pior coisa que nos poderia acontecer seria encerrar a atividade económica em janeiro, na Madeira. Estamos a fazer tudo para que isso não aconteça», reiterou.
Para isso, defende, «é decisivo e fundamental mantermos todas as medidas preventivas e profiláticas, mantermos o controlo das cadeias de transmissão (o que estamos, neste momento, a conseguir fazê-lo) e manter a capacidade de resposta intacta, quer ao nível dos cuidados intensivos quer ao nível da unidade COVID no Hospital».
O governante enfatiza que «para que isso de concretize é necessário que as pessoas tomem as devidas precauções: distanciamento social, uso de máscara, enfim tudo aquilo que são as recomendações».
Miguel Albuquerque insta ainda a que as pessoas cumpram ao nível da exibição dos certificados quando tal lhes for pedido e deve ser exigido, sobretudos nos espaços comerciais e de animação, mormente naquelas áreas onde são consumidas bebidas alcoólicas.
«Temos falado com os donos dos bares e há zonas que estão sob observação muito minuciosa por parte das autoridades de saúde e de fiscalização», recorda.
Neste sentido, apelou para que «as coisas, neste fim-de-semana, corram bem….»
«Se não correrem bem, vamos tomar medidas muito mais drásticas… Faremos o encerramento que tiver de ser feito, não tenham a mínima dúvida. Se houver abusos, se houver irresponsabilidades, nós fecharemos as zonas onde estão esses bares…. O que se passou na Rua das Fontes e em alguns estabelecimentos da Zona Velha é inaceitável», critica.
Questionado sobre o fogo-de-artifício, Miguel Albuquerque confirma que, «se as coisas se mantiverem controladas, é para manter».
Mas, avisa: «Se houver surto anormal, tomaremos providências. Não hesitaremos em tomar as medidas necessárias para salvaguardar a Saúde Pública».
No que se refere às repercussões para o turismo madeirense, decorrentes das medidas nacionais, Miguel Albuquerque admite que possa haver algumas, não só ao nível o mercado nacional, como de outros importantes mercados emissores europeus.
Contudo, até agora, «para o fim-do-ano os cancelamentos têm sido residuais…. vamos ver o mês de janeiro!».