Em outubro deste ano, aviões como os Airbus A320neo e A321neo e o Boeing 737 MAX, que têm vindo a operar, representaram um registo de 20 % dos voos para a ilha. Assim, do total de 961 voos que aterraram no Aeroporto da Madeira em outubro (incluindo 62 voos com origem no Porto Santo) 157 foram operados pelos A320neo e A321neo e 30 pelos Boeing 737 MAX8, aviões com capacidade para 174 a 239 passageiros. Estas 187 frequências foram realizadas por 10 companhias: ‘TAP’, ‘Lufthansa’, ‘British Airways’, ‘easyJet Uk’, ‘Wizzair’, ‘Novair’, ‘Smartwings’, ‘Enter Air’, ‘TUI Netherlands’ e ‘TUI Belgium’.
São aparelhos que consomem menos 20 a 25% de combustível (em média) do que as aeronaves da geração anterior e que ainda predominam na Madeira.
O tema da eficiência energética está cada vez mais na ordem do dia em todo o mundo sendo que, de acordo com a Air Transport Action Group, o setor da aviação é responsável por 2% da emissão de dióxido de carbono (CO2) para a atmosfera. Daí que a sustentabilidade ambiental seja atualmente umas das principais bandeiras associadas à retoma do transporte aéreo, passando não apenas pela operação de frotas mais eficientes, como, a médio prazo, pela utilização de combustíveis alternativos, como sejam os SAF – Sustainable Aviation Fuel.
Neste âmbito, a Comissão Europeia colocou o tema ambiental no setor da aviação em cima da mesa, aprovando no final do ano passado a “Estratégia de mobilidade sustentável e inteligente - Colocando os transportes europeus no caminho do futuro”.
A Madeira há muito que concretiza políticas de sustentabilidade ambiental, sendo que este ano, a Secretaria Regional de Turismo e Cultura apostou na certificação de sustentabilidade do destino Madeira (Madeira e Porto Santo), pelo que a aposta das companhias em aviões cada vez mais amigos do ambiente vem reforçar o trabalho do Governo Regional.
O secretário regional de Turismo e Cultura sublinha que “a aposta das companhias em aviões mais novos e de uma geração mais avançada que as anteriores em termos de eficiência energética começa por ser vantajosa para elas próprias do ponto de vista comercial, pela redução nos consumos”. No entanto, refere que, com esse propósito, “acabam por ir ao encontro das preocupações crescentes em todo o mundo com o aquecimento global e das alternativas que a ciência vai encontrando para fazer o mesmo de uma forma eficazmente mais limpa”.
Em relação à aposta da Região na certificação do destino, Eduardo Jesus frisa que pretende “reforçar uma lógica de sustentabilidade, elevando a Madeira para um importante patamar que lhe proporcionará uma oportunidade adicional relevante de notoriedade e visibilidade”.
Mais refere que os viajantes “estão a valorizar, de uma forma crescente, os destinos que promovem práticas de sustentabilidade, traduzindo esse desígnio na escolha das suas férias. Desta forma, todos ganhamos, com a nossa oferta mais competitivo, através do desenvolvimento económico, social e ambiental, e ao garantirmos que os recursos naturais e culturais são preservados para as próximas gerações”.